A Incapacidade Percebida e a Desregulação Emocional como Correlatos da Agressividade na Idade Avançada: estudo numa amostra de idosos institucionalizados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Queda, Daniela Filipa Bandeirinha Rolim
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Espirito-Santo, Helena (Orientadora)
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/1244
Resumo: Objetivo: A agressividade está relacionada com a agressão física, verbal, raiva e hostilidade, associando-se a outros problemas emocionais. No que respeita à população geriátrica, principalmente institucionalizada, a literatura existente não é clara quanto à relação entre a agressividade, a desregulação emocional e a incapacidade percebida. Esta investigação teve como objetivos comparar os níveis de agressividade de idosos institucionalizados com idosos da comunidade, estudar os correlatos sociodemográficos e clínicos da agressividade e a relação entre agressividade, a incapacidade percebida e a desregulação emocional. Método: A amostra incluiu 326 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos (M ± DP = 2,09 ± 0,93), sendo que 209 pertenciam à comunidade e 117 eram institucionalizados. Os instrumentos foram o World Health Organization Disability Assessment Schedule, Aggression Questionnaire, Difficulties in Emotion Regulation Scale-16 itens. Resultados: A agressividade correlacionou-se estatística e significativamente com a desregulação emocional (p < 0,001; R2 = 26,0%). A área de residência foi a única variável que influenciou os níveis de agressividade, sendo os idosos institucionalizados residentes em meio urbanos os mais agressivos. O uso de agonistas adrenérgicos beta foi a única variável clínica que se correlação estatística e significativamente com a agressividade (p < 0,001; R2 = 5,3%). Conclusão: A existência de uma relação entre a agressividade e a desregulação emocional e o consumo de psicofármacos mostra ser imprescindível a implementação de intervenções, no sentido de detetar e minimizar a agressividade. Dessa forma, poderá contribuir-se assim para um aumento do bem-estar e consequentemente da qualidade de vida da pessoa idosa em contexto institucional. / Objective: Aggressiveness is related to physical, verbal aggression, anger, and hostility, associating with other emotional problems. Regarding the geriatric population, mainly institutionalized, the existing literature is not clear about the relationship between aggressiveness, emotional dysregulation, and perceived disability. We aimed to compare the aggressiveness levels of institutionalized with community elderly, study the socio-demographic and clinical correlations of aggressiveness, and the relationship between aggressiveness, perceived incapacity, and emotional dysregulation. Method: The sample included 326 individuals aged 60 years or older (M ± SD = 2.09 ± 0.93), 209 of whom belonged to the community, and 117 were institutionalized. The instruments were the World Health Organization Disability Assessment Schedule, Aggression Questionnaire, Difficulties in Emotion Regulation Scale - 16 items. Results: Aggressiveness correlated statistically and significantly with emotional dysregulation (p < .001; R2 = 26.0%). The residence area was the only variable that influenced the levels of aggressiveness, being the elderly institutionalized residents in urban environments the most aggressive. Beta-Adrenergic Agonists was the only clinical variable that showed a statistically significant correlation with aggressiveness (p < .001; R2 = 5.3%). Conclusion: The existence of a relationship between aggressiveness and emotional dysregulation and psychopharmaceuticals consumption shows that it is essential to implement appropriate interventions to detect and minimize aggressiveness. In this way, it could increase the well-being and, consequently, in the institutionalized older person's quality of life.
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