Análise do impacto na fertilidade da utilização de diferentes protocolos hormonais no maneio reprodutivo em vacas leiteiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Mário Rui Gomes Leitão
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/8088
Resumo: Nas últimas décadas tem-se assistido a um declínio das taxas de gestação em explorações de produção leiteira. Uma das causas para esta diminuição é a falha na deteção de cios. Por conseguinte foram criados protocolos de inseminação artificial a tempo fixo (IATF) que permitem a inseminação da vaca sem ser necessária a observação de cio. O trabalho descrito nesta tese surge com a necessidade de uma análise do impacto na fertilidade de modificações aos protocolos descritos na literatura, através de um estudo retrospetivo dos dados relativos aos mesmos. A amostra estudada foi composta por 2622 protocolos aplicados entre 2009 e 2016 a partir de 35 explorações leiteiras da zona de influência da Cooperativa Agrícola de Vila do Conde. Para cada um dos quatro protocolos (OvSynch, G2G, CoSynch+ Implante P4 Modificado, PreSynch Modificado) foram calculadas (1) as taxas de cumprimento do protocolo (TCP) para primíparas, multíparas e total, (2) taxas de gestação (TG) para primíparas, multíparas e total e (3) o efeito do período de stresse térmico sobre a TG total. A TCP total foi de 37,9% (253/668) para o protocolo PreSynch Modificado, de 26,0% (346/1333) no G2G, de 17,3% (29/168) no CoSynch+ Implante P4 Modificado e de 9,9% (45/453) no protocolo OvSynch. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) relativamente à paridade em nenhum protocolo (G2G: 32,1%; 34/106 primíparas vs 25,4%; 312/1227 multíparas, p=0,134; CoSynch+ Implante P4 Modificado: 26,7%; 4/15 vs 16,3%; 25/153; p=0,262; PreSynch Modificado: 48,1%; 13/27 vs 37,4%; 240/641; p=0,315; OvSynch: 4,8%; 1/21 vs 10,2%; 44/432; p= 0,418). Na TG não existiu diferença significativa entre todos os protocolos (p=0,832) sendo os valores das TG total de 42,2% (19/45) para o OvSynch, de 37,6% (130/346) no G2G; de 35,6% (90/253) no PreSynch Modificado e de 34,5% (10/29) no CoSynch + Implante P4 Modificado. Relativamente à paridade o protocolo PreSynch demonstrou possuir maior diferença (p =0,159) entre as TG das primíparas (53,8%; 7/13) e multíparas (34,6%; 83/240) seguidas dos protocolos OvSynch (100,0%; 1/1 vs 40,9%; 18/44; p=0,234), CoSynch + Implante P4 Modificado (50,0%; 2/4 vs 32,0%; 8/25; p=0,500) e G2G (41,2%; 14/34 vs 37,2%; 116/312;p=0,649). O período de stresse térmico não mostrou influenciar de forma estatisticamente significativa a TG total de nenhum dos protocolos. A TG na época sem stresse térmico relativamente à época de stresse térmico para o PreSynch Modificado foi de 38,6%; 64/166 vs 29,9%; 26/87 (p=0,173), do CoSynch+ Implante P4 Modificado 50,0%; 2/4 vs 32,0%; 8/25 (p=0,499) e do OvSynch 42,9%; 12/28 vs 41,2%; 7/17 (p=0,914). Por outro lado a TG do protocolo G2G foi maior nos meses de stresse térmico (39,4%; 37/94 vs 36,9%; 93/252; p=0,676).
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Para cada um dos quatro protocolos (OvSynch, G2G, CoSynch+ Implante P4 Modificado, PreSynch Modificado) foram calculadas (1) as taxas de cumprimento do protocolo (TCP) para primíparas, multíparas e total, (2) taxas de gestação (TG) para primíparas, multíparas e total e (3) o efeito do período de stresse térmico sobre a TG total. A TCP total foi de 37,9% (253/668) para o protocolo PreSynch Modificado, de 26,0% (346/1333) no G2G, de 17,3% (29/168) no CoSynch+ Implante P4 Modificado e de 9,9% (45/453) no protocolo OvSynch. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) relativamente à paridade em nenhum protocolo (G2G: 32,1%; 34/106 primíparas vs 25,4%; 312/1227 multíparas, p=0,134; CoSynch+ Implante P4 Modificado: 26,7%; 4/15 vs 16,3%; 25/153; p=0,262; PreSynch Modificado: 48,1%; 13/27 vs 37,4%; 240/641; p=0,315; OvSynch: 4,8%; 1/21 vs 10,2%; 44/432; p= 0,418). Na TG não existiu diferença significativa entre todos os protocolos (p=0,832) sendo os valores das TG total de 42,2% (19/45) para o OvSynch, de 37,6% (130/346) no G2G; de 35,6% (90/253) no PreSynch Modificado e de 34,5% (10/29) no CoSynch + Implante P4 Modificado. Relativamente à paridade o protocolo PreSynch demonstrou possuir maior diferença (p =0,159) entre as TG das primíparas (53,8%; 7/13) e multíparas (34,6%; 83/240) seguidas dos protocolos OvSynch (100,0%; 1/1 vs 40,9%; 18/44; p=0,234), CoSynch + Implante P4 Modificado (50,0%; 2/4 vs 32,0%; 8/25; p=0,500) e G2G (41,2%; 14/34 vs 37,2%; 116/312;p=0,649). O período de stresse térmico não mostrou influenciar de forma estatisticamente significativa a TG total de nenhum dos protocolos. A TG na época sem stresse térmico relativamente à época de stresse térmico para o PreSynch Modificado foi de 38,6%; 64/166 vs 29,9%; 26/87 (p=0,173), do CoSynch+ Implante P4 Modificado 50,0%; 2/4 vs 32,0%; 8/25 (p=0,499) e do OvSynch 42,9%; 12/28 vs 41,2%; 7/17 (p=0,914). Por outro lado a TG do protocolo G2G foi maior nos meses de stresse térmico (39,4%; 37/94 vs 36,9%; 93/252; p=0,676).In the last decades we have witnessed a decline in gestation rates in dairy farms. One of the causes for this decrease is the failure of the detection of heat, therefore protocols of artificial insemination were established at fixed time (IATF) that allow the insemination of the cow without the need of heat observation. The work described in this thesis comes from the need for an analysis of the fertility impact of modified protocols through a retrospective study of the data related to these protocols. The sample used for this study consisted of 2622 protocols applied between 2009 and 2016 from 35 dairy farms in the area of influence of the Cooperativa Agrícola de Vila do Conde. For each of the four protocols (OvSynch, G2G, CoSynch + Modified P4 Implant, Modified PreSynch), (1) protocol compliance rates (TCP) for primiparous, multiparous and total, (2) pregnancy rates (TG) for primiparous, multiparous and total and (3) the effect of the thermal stress period on total TG were calculated. The total TCP for PreSynch Modificado was 37,9% (253/668), 26,0% (346/1333) in G2G, 17,3% (29/168) in CoSynch+ Implante P4 Modificado and 9,9% (45/453) in OvSynch. There were no statistically significant differences (p>0,05) in any protocol regarding parity (G2G: 32,1%; 34/106 primiparous vs 25,4%; 312/1227 multiparous, p=0,134; CoSynch+ Implante P4 Modificado: 26,7%; 4/15 vs 16,3%; 25/153; p=0,262; PreSynch Modificado: 48,1%; 13/27 vs 37,4%; 240/641; p=0,315; OvSynch: 4,8%; 1/21 vs 10,2%; 44/432; p= 0,418). In TG there was no diference between protocols (p=0,832). TG total of 42,2% (19/45) in OvSynch, 37,6% (130/346) in G2G; 35,6% (90/253) in PreSynch Modificado and 34,5% (10/29) in CoSynch + Implante P4 Modificado. Regarding parity PreSynch protocol had greater diference (p =0,159) between TG of primiparous (53,8%; 7/13) and multiparous (34,6%; 83/240), followed by OvSynch (100,0%; 1/1 vs 40,9%; 18/44; p=0,234), CoSynch + Implante P4 Modificado (50,0%; 2/4 vs 32,0%; 8/25; p=0,500) and G2G (41,2%; 14/34 vs 37,2%; 116/312;p=0,649). The thermal stress period did not show a statistically significant influence on the total TG of any of the hormonal protocols. TG at the time without thermal stress presented higher values, relatively to the time of thermal stress for the PreSynch Modificado (38,6%; 64/166 vs 29,9%; 26/87 (p=0,173)), CoSynch+ Implante P4 Modificado (50,0%; 2/4 vs 32,0%; 8/25 (p=0,499)) and OvSynch (42,9%; 12/28 vs 41,2%; 7/17 (p=0,914)). On the other hand the TG of the G2G protocol was higher in the months of thermal stress (39,4%; 37/94 vs 36,9%; 93/252; p=0,676).2017-10-09T13:40:38Z2017-01-01T00:00:00Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/8088TID:202033023porRodrigues, Mário Rui Gomes Leitãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:50:19Zoai:repositorio.utad.pt:10348/8088Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:05:01.186865Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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