Leishmaniose canina: estudo de casos do Nordeste Transmontano

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, João Luís Pires
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/10830
Resumo: A leishmaniose canina (LCan) é uma das mais importantes zoonoses da atualidade e encontra-se em grande expansão devido à atual globalização. Esta doença crónica e potencialmente fatal é causada por protozoários do género Leishmania, cujo ciclo biológico compreende um hospedeiro vertebrado e um invertebrado, sendo este último um inseto flebotomíneo. A LCan tem como principal reservatório o cão, mas existem outras espécies, quer domésticas, quer silváticas que são, também, suscetíveis à doença. A LCan tem uma ampla distribuição mundial e elevada prevalência em diversos países. O objetivo deste trabalho consistiu em analisar casos suspeitos de LCan na Clínica Veterinária VetSantiago, em Bragança, e no Hospital Veterinário da UTAD (HV-UTAD), em Vila Real, incluindo os sinais clínicos, motivos de consulta, decisões clínicas e a profilaxia utilizada, bem como possíveis fatores de risco para o desenvolvimento da doença, numa amostra de animais (58 cães e 1 gato) provenientes dos dois centros de atendimento médicoveterinário (CAMV) do Nordeste Transmontano, na tentativa de caracterizar a população com a doença na região. Procedeu-se também à descrição de três casos clínicos dos 59 animais analisados. A prevalência da LCan na Clínica Veterinária VetSantiago e no HV-UTAD, nos animais analisados, foi de 77,8% e de 100%, respetivamente. A maioria dos animais em estudo eram machos, tinham 10 anos de idade, não apresentavam uma raça definida e pesavam mais de 25 kg. Na Clínica Veterinária VetSantiago, quanto aos motivos da consulta e sinais clínicos mais frequentes foram, em ambos os casos, a presença de outros parasitas. Em relação ao tratamento, a doença foi maioritariamente tratada apenas com alopurinol. No HV-UTAD, as lesões dermatológicas foram o motivo mais frequente para apresentação no CAMV, o sinal clínico predominante diagnosticado foi a linfadenomegalia e a doença foi abordada, maioritariamente, com uma combinação de alopurinol e antimoniato de meglumina. A única profilaxia utilizada, nos casos analisados, em ambos os CAMV, foi a domperidona (Leishguard®).
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