TRÊS HÉRNIAS EPIGÁSTRICAS NA MESMA CRIANÇA – UM DESAFIO ESTÉTICO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Catarina
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Coelho, Ana, Marinho, Sofia, de Sousa, Ferreira, Carvalho, Fátima
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v24.i0.9642
Resumo: Introdução: A hérnia epigástrica é uma patologia congénita, apresentando-se como um pequeno defeito na linha média da parede abdominal, entre o umbigo e o esterno. É visível como uma protuberância pequena e facilmente diagnosticada com a manobra de Valsalva. Apesar da maioria ser assintomática existem casos de dor durante a realização de exercício físico. A prevalência da hérnia epigástrica encontrada na literatura ronda os 10%. Ao contrário de outros tipos de hérnias, a hérnia epigástrica não resolve espontaneamente e necessita de correcção cirúrgica. Apresentamos o caso clínico de uma criança de 5 anos, sexo masculino, com diagnóstico de três hérnias epigástricas e submetida a uma correcção cirúrgica minimamente invasiva para superar o desafio estético. Caso Clínico: Criança de 5 anos, sexo masculino, com queixa de dor localizada à linha branca, que agravava com a atividade física. Ao exame objetivo, identificavam-se três protusões a nível da linha branca compatíveis com defeitos herniários. Dados os múltiplos defeitos da linha branca e os resultados estéticos da correção da abordagem por via aberta serem insatisfatórios, foi proposta correção laparoscópica. Realizou-se a cirurgia utilizando uma abordagem minimamente invasiva com recurso a um trocar de 5 mm umbilical (óptica) e um trocar de 5 mm no quadrante inferior esquerdo para colocação do instrumento de trabalho (dissector com coagulação). Para o encerramento do defeito recorremos à técnica de PIRS-like, utilizando a punção percutânea com abocath e confecção de alças com fio não-reabsorvível e absorvível respectivamente, de modo a realizar um ponto em X. Não se registaram intercorrências no período intra e pós-operatório, com resolução completa das três hérnias e sem evidência de recidiva. O resultado estético pretendido foi alcançado e satisfatório e as incisões são imperceptíveis quando observadas um mês após a cirurgia. Comentários: Apesar da abordagem standard da hérnia epigástrica ser a herniorrafia por via aberta, existem situações em que ela pode ser questionada. Neste caso, na presença de três hérnias epigástricas, a necessidade de uma abordagem com melhores resultados estéticos impunha-se e a técnica proposta permite a resolução adequada e o resultado estético pretendido. Na população pediátrica, a abordagem laparoscópica para correcção de hérnias epigástricas encontra-se ainda com pouca frequência descrita na literatura, mas revelou ser a solução eficaz no tratamento deste caso clínico.
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