Perceção sobre as competências do treinador de desportos de Combate
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10314/2279 |
Resumo: | Este estudo teve como objetivo: saber e comparar a perceção sobre as competências do treinador de Desportos de Combate, autopercecionadas por treinadores experts em função da formação académica na área do desporto e percecionadas por atletas; refletir sobre o atual modelo de reconhecimento e formação de treinadores de Desportos de Combate. A amostra foi constituída por 30 treinadores com 10 ou mais anos de experiência profissional nas diferentes modalidades (Full Contact, Taekwondo, Karate, Boxe, Muay Thai, Kickboxing, Luta Livre, Ultimate Full Contact, Free Fight, Pancrácio, Judo, Jiu Jitsu e MMA), sendo que 15 têm formação académica na área do desporto, e por 112 atletas seniores das referidas modalidades. Os dados foram obtidos pela aplicação do questionário - Perceções sobre qualidades do treinador (Francisco, C.M. & Casanova, J., 2011) e analisados através da estatística descritiva e inferencial pelo programa SPSS. Da análise dos resultados, verificou-se haver concordância relativamente à ordem de perceção dos três fatores das competências, correspondentes às vinte qualidades percecionadas no questionário: 1º capacidade técnico-tática e gestão psicológica; 2º liderança; 3º ética profissional. Foram os treinadores com formação académica que mais valorizaram cada uma das referidas competências, seguindo-se dos atletas e por último os treinadores sem formação académica. Na análise das diferentes qualidades referentes às vinte questões, ressalta-se que os treinadores sem formação académica apresentam uma perceção de cariz mais tecnicista, ou seja, técnico-metodológico, enquanto a perceção dos treinadores com formação académica demonstra um pensamento proeminentemente sustentado em conhecimentos científico-pedagógicos, contudo, articulado com um pensamento técnico-didático. A ética profissional, embora como fator de valor médio mais baixo no presente estudo, apresenta no entanto uma das suas qualidades (ser responsável) como a mais valorizada pela totalidade da amostra. Em conclusão, a variável formação académica revelou ser qualificadora da intervenção profissional, elevando a homogeneidade e grau de perceção das diferentes competências e melhorando a concordância percetiva com os atletas, nomeadamente ao nível da liderança, melhorias indispensáveis para o sucesso da intervenção pedagógica. |
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