Radioembolização de Metástases Hepáticas de Carcinoma Colorretal. Um Estudo Retrospetivo de 9 Anos numa Instituição oncológica
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.17/4199 |
Resumo: | Introdução: O papel da radioembolização (RE) de metástases hepáticas de carcinoma colorretal (mhCCR) permanece indefinido. O presente estudo pretende avaliar os resultados e possíveis fatores de prognóstico da RE nestes pacientes. Metodologia: Foi realizada uma análise retrospetiva de todos os doentes com mhCCR quimiorrefratárias e irressecáveis submetidos a RE numa instituição, desde janeiro de 2011 a março de 2020. A sobrevida a um ano foi determinada pelo método de Kaplan-Meier; para avaliação de fatores de prognóstico foram usados os testes log-Rank, Qui-quadrado, Fisher, Mann-Whitney e teste-t. Resultados: Foram avaliados 30 pacientes. A idade média foi de 61,5 anos e a maioria dos doentes eram do sexo masculino (63,3%). A dor abdominal foi a complicação mais frequente (40%). O sucesso da RE (definido pela resposta tomográfica, segundo os critérios RECIST 1.1, como parcial, completa ou estável, aos três meses de seguimento) foi observado em 50% dos casos. Um estádio ≤ 3 (p<0,040), níveis de CEA < 20 ng/mL no momento do diagnóstico (p=0,035) e após a RE (p=0,023), e ausência de invasão vascular (p=0,028) ou linfática (p=0,020) na peça cirúrgica do tumor primário, bem como um tempo livre de metastização superior a um ano desde o diagnóstico (p=0,036) foram significativamente associados ao sucesso da RE. O tempo médio de sobrevivência de pacientes com e sem sucesso na RE foi de 9,4 e 8,9 meses, respetivamente. Conclusão: A RE é uma terapêutica bem-tolerada, com resultados objetivos em metade dos pacientes tratados e com um aumento não significativo da sobrevivência dos doentes. Existem fatores de prognóstico de resposta à RE que foram identificados e que podem ajudar a selecionar melhor os doentes a tratar. |
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Radioembolização de Metástases Hepáticas de Carcinoma Colorretal. Um Estudo Retrospetivo de 9 Anos numa Instituição oncológicaRadioembolization in Patients with Colorectal Cancer Liver Metastasis. A Single Centre 9-Years Retrospective StudyRadioembolizaçãoMetástases hepáticasCarcinoma colorretalHCC IMAIntrodução: O papel da radioembolização (RE) de metástases hepáticas de carcinoma colorretal (mhCCR) permanece indefinido. O presente estudo pretende avaliar os resultados e possíveis fatores de prognóstico da RE nestes pacientes. Metodologia: Foi realizada uma análise retrospetiva de todos os doentes com mhCCR quimiorrefratárias e irressecáveis submetidos a RE numa instituição, desde janeiro de 2011 a março de 2020. A sobrevida a um ano foi determinada pelo método de Kaplan-Meier; para avaliação de fatores de prognóstico foram usados os testes log-Rank, Qui-quadrado, Fisher, Mann-Whitney e teste-t. Resultados: Foram avaliados 30 pacientes. A idade média foi de 61,5 anos e a maioria dos doentes eram do sexo masculino (63,3%). A dor abdominal foi a complicação mais frequente (40%). O sucesso da RE (definido pela resposta tomográfica, segundo os critérios RECIST 1.1, como parcial, completa ou estável, aos três meses de seguimento) foi observado em 50% dos casos. Um estádio ≤ 3 (p<0,040), níveis de CEA < 20 ng/mL no momento do diagnóstico (p=0,035) e após a RE (p=0,023), e ausência de invasão vascular (p=0,028) ou linfática (p=0,020) na peça cirúrgica do tumor primário, bem como um tempo livre de metastização superior a um ano desde o diagnóstico (p=0,036) foram significativamente associados ao sucesso da RE. O tempo médio de sobrevivência de pacientes com e sem sucesso na RE foi de 9,4 e 8,9 meses, respetivamente. Conclusão: A RE é uma terapêutica bem-tolerada, com resultados objetivos em metade dos pacientes tratados e com um aumento não significativo da sobrevivência dos doentes. Existem fatores de prognóstico de resposta à RE que foram identificados e que podem ajudar a selecionar melhor os doentes a tratar.Sociedade Portuguesa de Radiologia e Medicina NuclearRepositório do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPECosta, MFerreira, BSousa, MCosta, NCastelo-Branco, MGonçalves, B2022-08-10T14:01:56Z20212021-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.17/4199porActa Radiol Port. 2021; 33(3): 11-17info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-10T09:45:47Zoai:repositorio.chlc.min-saude.pt:10400.17/4199Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:21:31.788305Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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