1976-1980: o realinhamento político-diplomático de Portugal com as Nações Unidas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/15550 |
Resumo: | Portugal encontra-se no início do século XXI como membro de pleno direito da Organização das Nações Unidas. A eleição de um português - António Guterres -, em 2016, para o cargo de Secretário-Geral da ONU foi não só o ponto alto da diplomacia portuguesa, como também o auge da relação entre Portugal e esta organização. Contudo, esta condição nem sempre se verificou. Durante o Estado Novo, a divergência entre o reconhecimento internacional dos movimentos de descolonização - apoiado pela ONU - e a insistência portuguesa em manter o seu Império Colonial, resultou no agravamento da relação entre Portugal e as Nações Unidas. Consequentemente, após a queda do regime ditatorial, a 25 de Abril de 1974, o "novo" Portugal democrático viu-se obrigado a redefinir toda a sua política interna e externa de forma a inverter as dinâmicas herdadas do regime anterior - especialmente na ONU. Apesar do seu relacionamento com esta organização estar bastante comprometido - embora nunca tivesse sido quebrado formalmente - Portugal desenvolveu um conjunto de medidas político-diplomáticas que lhe permitiram o realinhamento com as Nações Unidas. Porém, a ausência de trabalhos científicos referentes ao modo como Portugal realizou este realinhamento internacional - particularmente entre 1976 e 1980 - deixou no desconhecimento este momento histórico da diplomacia portuguesa. Assim, dada esta lacuna e estando estas mesmas medidas na base da renovação da imagem e na recuperação do posicionamento português no sistema internacional - particularmente na ONU -, esta dissertação propõe-se a demonstrar a forma como Portugal reconquistou a sua condição plena nesta organização. |
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Portugal encontra-se no início do século XXI como membro de pleno direito da Organização das Nações Unidas. A eleição de um português - António Guterres -, em 2016, para o cargo de Secretário-Geral da ONU foi não só o ponto alto da diplomacia portuguesa, como também o auge da relação entre Portugal e esta organização. Contudo, esta condição nem sempre se verificou. Durante o Estado Novo, a divergência entre o reconhecimento internacional dos movimentos de descolonização - apoiado pela ONU - e a insistência portuguesa em manter o seu Império Colonial, resultou no agravamento da relação entre Portugal e as Nações Unidas. Consequentemente, após a queda do regime ditatorial, a 25 de Abril de 1974, o "novo" Portugal democrático viu-se obrigado a redefinir toda a sua política interna e externa de forma a inverter as dinâmicas herdadas do regime anterior - especialmente na ONU. Apesar do seu relacionamento com esta organização estar bastante comprometido - embora nunca tivesse sido quebrado formalmente - Portugal desenvolveu um conjunto de medidas político-diplomáticas que lhe permitiram o realinhamento com as Nações Unidas. Porém, a ausência de trabalhos científicos referentes ao modo como Portugal realizou este realinhamento internacional - particularmente entre 1976 e 1980 - deixou no desconhecimento este momento histórico da diplomacia portuguesa. Assim, dada esta lacuna e estando estas mesmas medidas na base da renovação da imagem e na recuperação do posicionamento português no sistema internacional - particularmente na ONU -, esta dissertação propõe-se a demonstrar a forma como Portugal reconquistou a sua condição plena nesta organização. |
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