Contribuição para o conhecimento de Garcia de Orta
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2011000100010 |
Resumo: | Nos finais da Idade Média, nomeadamente em Portugal, começou a surgir o gosto pela observação e registo da natureza. Os descobrimentos marítimos portugueses nos séculos XV e XVI permitiram, desde o início, verificar que o mundo natural era diferente do que se encontrava nos textos clássicos da cultura greco-romana, onde o conhecimento da Ásia era muito incipiente e distorcido. A descoberta do caminho marítimo para a Índia, em 1498, o posterior estabelecimento de um governo em Goa, a fundação de várias feitorias situadas em pontos estratégicos do Índico e a realização de algumas alianças locais, permitiram a Portugal controlar o acesso às especiarias e drogas farmacêuticas, muito pretendidas nos mercados europeus. A este Estado da Índia começaram a afluir religiosos, militares, funcionários régios, físicos, boticários e muitos outros. Neste contexto, Garcia de Orta, com formação académica baseada nos textos clássicos, foi para a Índia como médico do nomeado capitão-mor do mar da Índia, ficando naquele local o resto da sua vida. O contacto directo com as drogas e especiarias medicinais na Ásia permitiu-lhe verificar e corrigir, de forma pioneira, os conceitos existentes sobre aquelas mercadorias, algumas das quais usadas desde há muito pela medicina ocidental, e apresentar novos produtos. Deixou os seus conhecimentos registados na obra Coloquios dos simples, e drogas e cousas medicinais da Índia, e Esta obra constitui o primeiro contributo científico europeu para o conhecimento das plantas medicinais orientais. Depois de ter sido dado a conhecer à Europa, em latim, aquela obra teve uma enorme repercussão, que se regista até hoje, sendo importante para Medicina, Farmacognosia e Botânica. |
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Esta obra constitui o primeiro contributo científico europeu para o conhecimento das plantas medicinais orientais. Depois de ter sido dado a conhecer à Europa, em latim, aquela obra teve uma enorme repercussão, que se regista até hoje, sendo importante para Medicina, Farmacognosia e Botânica.Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal2011-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2011000100010Revista de Ciências Agrárias v.34 n.1 2011reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2011000100010Liberato,Maria Cândidainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:01:48Zoai:scielo:S0871-018X2011000100010Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:17:07.909898Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Esta obra constitui o primeiro contributo científico europeu para o conhecimento das plantas medicinais orientais. Depois de ter sido dado a conhecer à Europa, em latim, aquela obra teve uma enorme repercussão, que se regista até hoje, sendo importante para Medicina, Farmacognosia e Botânica. |
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