Estudo da prevalência das imunoglobulinas g para o vírus da rubéola em São Tomé e Princípe com recurso aos Guthrie Cards
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/21858 |
Resumo: | A rubéola é uma doença viral contagiosa, geralmente benigna, que afeta essencialmente crianças. Nas grávidas, a transmissão ao feto pode originar a morte deste ou a síndrome da rubéola congénita. Devido à fácil transmissão do vírus surgem frequentemente epidemias com elevadas taxas de morbilidade, no entanto, a incidência da infeção por rubéola diminuiu drasticamente após a implementação da vacina contra o vírus. São Tomé e Príncipe (STP) é um dos países onde ainda não existe vacinação para a rubéola. Estudos de seroprevalência de outros vírus têm recorrido à utilização dos Guthrie cards (DBS), uma vez que são de fácil colheita, armazenamento e requerem quantidades mínimas de amostra. O presente estudo tem como objectivo determinar a prevalência da IgGs contra o vírus da rubéola numa população de STP, recorrendo à utilização dos, Gutherie cards validando previamente o método. Foram analisadas 316 amostras de indivíduos com idades compreendidas entre os 2 e os 35 anos, colhidas nos respectivos DBS entre janeiro e maio de 2014. Para validar o método foram determinados os parâmetros: sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP), valor preditivo negativo (VPN), eficiência, linearidade, coeficiente variação inter e intra-ensaio. O método implementado tem uma sensibilidade de 89%, uma especificidade de 100%, um VPP de 100%, um VPN de 50% e uma eficiencia de 75%. A prevalência das IgGs contra o vírus da rubéola em STP foi de 64% sendo Mé zóxi a região mais afetada. A prevalência é semelhante em ambos os géneros verificando-se um aumento progressivo da prevalência das IgGs em função da idade. Os DBS mostraram ser uma ferramenta útil para estudos de vigilância epidemiológica em regiões com recursos limitados. A seroprevalência da rubéola na população de STP foi elevada, sugerindo que as infeções naturais continuam a ser comuns nesta região. Assim sendo, torna-se importante a implementação de um plano de vacinação para controlar a disseminação da rubéola em STP. |
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Estudo da prevalência das imunoglobulinas g para o vírus da rubéola em São Tomé e Princípe com recurso aos Guthrie CardsRubéolaGuthrie cardsPrevalênciaDomínio/Área Científica::Ciências MédicasA rubéola é uma doença viral contagiosa, geralmente benigna, que afeta essencialmente crianças. Nas grávidas, a transmissão ao feto pode originar a morte deste ou a síndrome da rubéola congénita. Devido à fácil transmissão do vírus surgem frequentemente epidemias com elevadas taxas de morbilidade, no entanto, a incidência da infeção por rubéola diminuiu drasticamente após a implementação da vacina contra o vírus. São Tomé e Príncipe (STP) é um dos países onde ainda não existe vacinação para a rubéola. Estudos de seroprevalência de outros vírus têm recorrido à utilização dos Guthrie cards (DBS), uma vez que são de fácil colheita, armazenamento e requerem quantidades mínimas de amostra. O presente estudo tem como objectivo determinar a prevalência da IgGs contra o vírus da rubéola numa população de STP, recorrendo à utilização dos, Gutherie cards validando previamente o método. Foram analisadas 316 amostras de indivíduos com idades compreendidas entre os 2 e os 35 anos, colhidas nos respectivos DBS entre janeiro e maio de 2014. Para validar o método foram determinados os parâmetros: sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP), valor preditivo negativo (VPN), eficiência, linearidade, coeficiente variação inter e intra-ensaio. O método implementado tem uma sensibilidade de 89%, uma especificidade de 100%, um VPP de 100%, um VPN de 50% e uma eficiencia de 75%. A prevalência das IgGs contra o vírus da rubéola em STP foi de 64% sendo Mé zóxi a região mais afetada. A prevalência é semelhante em ambos os géneros verificando-se um aumento progressivo da prevalência das IgGs em função da idade. Os DBS mostraram ser uma ferramenta útil para estudos de vigilância epidemiológica em regiões com recursos limitados. A seroprevalência da rubéola na população de STP foi elevada, sugerindo que as infeções naturais continuam a ser comuns nesta região. Assim sendo, torna-se importante a implementação de um plano de vacinação para controlar a disseminação da rubéola em STP.Rubella is a contagious viral disease, usually benign, which affects mainly children. In pregnant women, the fetal spread can cause miscarriage or congenital rubella syndrome. Due to its easy transmission, epidemics arise frequently with high levels of morbidity. The incidence of rubella infection drastically decreases after vaccine implementation. São Tomé e Príncipe (STP) is one of the countries where vaccination for rubella still not available. Seroprevalence studies regarding other viruses have used Guthrie cards (DBS) since they are easy to harvest, store and require minimum amounts of sample.Our study aims to determinate the prevalence of IgGs against rubella virus in STP’s population, through the use of DBS, following the respective method validation. We analyzed 316 samples harvested from individuals between the ages of 2 and 35 years, using DBS between January and May of 2014.To validate the method several parameters were determined: sensitivity, specificity, positive predictive value (PPV), negative predictive value (NPV), efficiency, linearity, coefficient variation inter and intra assay. The validation of our method reached 89% sensitivity, 100% specificity, 100% PPV, 50% NPV and 75% efficiency. The prevalence of rubella virus IgGs in STP was 64%, being Mé zóxi the most affected region. The prevalence is similar in both genders, showing a progressive increase as the age advances. The DBS proved to be a useful tool for epidemiological surveillance studies in regions with limited resources. The high seroprevalence of rubella in the population of STP suggests that the natural infections continue to be common in this region, making it imperative to implement a vaccination plan in order to control the spreading of this virus in STP.Instituto de Higiene e Medicina TropicalPAIXÃO, PauloCHASQUEIRA, Maria de JesusRUNVICENTE, Vera Geraldes2019-01-18T01:30:15Z20162016-01-182016-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/21858TID:201556723porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:08:55Zoai:run.unl.pt:10362/21858Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:27:00.608359Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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