Contaminação Ambiental num Hospital por Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella spp, Mycobacterium não tuberculosis e outros Microrganismos Oportunistas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Fernando José Gama
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.esenfc.pt/?url=yrNbdj
Resumo: As infeções associadas aos cuidados de saúde são um problema atual pelos custos, e pela taxa de morbilidade e mortalidade associadas. A transferência de doentes entre serviços e instituições, o uso por vezes abusivo de antibióticos, más práticas de cuidados e uma deficiente higienização de equipamentos de uso clínico, fazem com que seja difícil reduzir a sua prevalência. A prevenção é assim o aspeto fulcral em que os profissionais de saúde se devem centrar. Utilizando como objeto de estudo o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, foi objetivo determinar o grau de contaminação de equipamentos hospitalares e a prevalência de Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella spp e Micobacterium não tuberculosis e a sua variabilidade genética em doentes internados no hospital e também no ambiente hospitalar. Para tal, procedeu-se à recolha das amostras ambientais através de zaragatoa, sendo obtidas amostras em zonas húmidas e em zonas secas em três meses consecutivos. As amostras foram inoculadas por espalhamento em placas de Petri, em meios de cultura seletivos de acordo com os microrganismos em estudo. O laboratório de microbiologia do referido hospital, cedeu as amostras clínicas e respetivo perfil de sensibilidade a antibióticos para posterior comparação. O nível de contaminação dos equipamentos foi dividido em três classes de acordo com o número de colónias recuperadas. As torneiras e os chuveiros foram os locais cujas amostras revelaram um maior número de colónias. Foram isoladas do ambiente, uma estirpe de P.aeruginosa e três estirpes de Mycobacterium gordonae. Não foi isolada nenhuma estirpe de Klebsiella spp. Quando comparados os isolados clínicos de P. aeruginosa com a estirpe ambiental, estes não revelaram provável origem clonal. Não foi identificada nenhuma estirpe clínica de Mycobacterium não tuberculosis. O estudo possibilitou ainda a identificação de outros microrganismos potencialmente patogénicos para o Homem, alguns deles com provável origem clonal. Os resultados trazem benefícios para a instituição, para a gestão e para a prática dos cuidados de enfermagem. Permitem a identificação de microrganismos potencialmente patogénicos presentes em equipamentos de uso clínico, alertando para a necessidade de melhor limpeza e desinfeção destes, e higienização das mãos de forma mais sistemática e cuidada.
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