Do Literário ao Fílmico: A Adaptação na Perspectiva dos Estudos Culturais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/30321 |
Resumo: | A permanente interacção estabelecida entre a literatura e o cinema tem dado origem a numerosos estudos e a uma quantidade substancial de debates críticos. Independentemente das diversas conclusões teóricas que resultam da aproximação entre os dois media, é reconhecido que o cinema, desde cedo, se serviu de romances como fonte de inspiração, a nível diegético, e de forma continuada como suporte estrutural . Para além destes usos, os cineastas também empregaram a adaptação numa tentativa consciente de estender ao filme o prestígio do romance, condição que favorecerá, à partida, o êxito comercial da produção. A influência recíproca entre literatura e cinema constata-se, igualmente, no facto de o mediatismo do autor do romance se transferir para a adaptação cinematográfica. Com a venda de direitos sobre obras literárias ao cinema verifica-se um fenómeno semelhante: não só o filme beneficia comercialmente ao adaptar um best-seller, mas também esse romance é revalorizado com uma adaptação que poderá possibilitar sucessivas reedições . A história dos estudos sobre a adaptação foi delineada de modo mais sistemático nas obras de Brian McFarlane (Novel to Film de 1996), James Naremore (Film Adaptation de 2000) e Robert Stam (Reflexivity in Film and Literature de 2000), entre outros, pelo que será apenas sintetizada aqui. Neste estudo pretendemos elaborar uma resenha crítica daquelas que, a nosso ver, serão as principais abordagens teóricas sobre a adaptação fílmica propostas até à data. Dividimos, ainda que artificialmente, a crítica da adaptação fílmica em quatro subconjuntos, facilitadores da sua exploração: a abordagem baseada na fidelidade à fonte, a abordagem comparativista, a abordagem paradigmática e a abordagem intertextual. Propomo-nos avaliar as suas contribuições para o campo, detectando limites e problemas, e identificando a abordagem mais apropriada na perspectiva dos Estudos Culturais: a intertextual. |
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