Violência contra as pessoas idosas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, José Adelino
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/5781
Resumo: A presente dissertação tem como tema central a “Violência familiar contra as pessoas idosas”. O envelhecimento e a longevidade da população estão a suscitar novos problemas sociais, dos quais a violência contra as pessoas idosas é apenas um de muitos. Este facto-problema tornou-se um caso grave de saúde pública, numa sociedade envelhecida. A dimensão desta problemática requer a realização de estudos que proporcionem dela um maior conhecimento, mormente na sociedade portuguesa. Pretendemos, assim, contribuir para a pesquisa e reflexão em torno de um tema que nem sempre tem merecido a devida atenção da sociedade civil. O objetivo central deste estudo consiste em perceber “de que forma é que as pessoas idosas acolhidas em Estruturas Residenciais, percecionam a violência familiar contra pessoas da sua faixa etária”. Este estudo, enquadrado no paradigma interpretativo, teve por base a realização de oito entrevistas a pessoas idosas, de ambos os sexos, acolhidas em duas estruturas residenciais (Associação de Assistência S. Vicente de Paulo e Resisenior). As limitações ao contacto com as pessoas idosas institucionalizadas, por força do confinamento a que ficaram sujeitas, devido à pandemia por SARS-CoV-2, refletiram-se, profundamente no processo de recolha de dados, obrigando a uma redefinição de alguns objetivos do estudo. Assim, optámos por realizar duas entrevistas complementares aos técnicos das duas referidas instituições, que tiveram como objetivo perceber o modo como a realidade de confinamento afeta as pessoas idosas, as relações com as suas famílias e quais as estratégias adotadas para atenuar os impactos negativos desta nova realidade. Dada a escassez dos dados recolhidos junto das pessoas idosas, não foi possível responder a todos os objetivos delineados inicialmente. Contudo, foi possível descobrir uma nova realidade, a partir do discurso das pessoas idosas e dos técnicos, que pode ser equacionada como uma nova forma de violência, pela privação de contactos sociais e pelo isolamento a que as pessoas estão obrigadas. A perda de liberdade em prol da segurança está a deixar as pessoas isoladas do mundo exterior, com graves consequências para o seu equilíbrio emocional e para o agravamento das múltiplas morbilidades de que padecem, como tivemos oportunidade de verificar nas entrevistas aos idosos e aos técnicos das instituições.
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