Estenose aórtica paradoxal --- revisão sistemática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/102203 https://doi.org/10.1016/j.repc.2016.09.010 |
Resumo: | A estenose aórtica (EA) é uma doenc¸a valvular e vascular sistémica, com elevada prevalência nos países desenvolvidos. A nova entidade «EA grave paradoxal, baixo fluxo/baixo gradiente» refere-se aos casos em que os doentes apresentam EA grave com base na avaliac¸ão da área valvular aórtica (AVA) ( ≤ 1 cm2) ou AVA indexada ( ≤ 0,6 cm2/m2), mas que paradoxalmente tenham um gradiente médio transvalvular baixo (< 40 mmHg), com baixo volume de ejec¸ão sistólico indexado (≤ 35 ml/m2), apesar de uma frac¸ão de ejec¸ão do ventrículo esquerdo preservada (≥ 50%). Foi realizada uma pesquisa através da base de dados da PubMed sobre a EA paradoxal no período de 2007-2014. Para a presente revisão foram incluídos um total de 57 artigos. A prevalência da EA paradoxal variou entre 3-35% da populac¸ão com EA degenerativa grave. Foi mais frequente no género feminino e nos doentes com idade mais avanc¸ada, e esteve associada a uma remodelagem característica do ventrículo esquerdo, bem como a um aumento da rigidez vascular arterial sistémica. Assinala-se a possibilidade de erros e imprecisões no cálculo da AVA pela equac¸ão da continuidade, que podem sugerir o fenótipo paradoxal. Existem outros métodos de diagnóstico que podem auxiliar no estudo da EA, como o score de cálcio, a avaliac¸ão da impedância valvuloarterial e o estudo da mecânica longitudinal do ventrículo esquerdo. Relativamente à história natural, não é claro que a EA paradoxal corresponda a uma fase avanc¸ada da doenc¸a valvular aórtica, ou se representa um fenótipo distinto com especificidades próprias. A terapêutica de substituic¸ão valvular, cirúrgica ou percutânea, pode estar indicada no doente com EA paradoxal grave e sintomática. |
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Estenose aórtica paradoxal --- revisão sistemáticaParadoxical aortic stenosis: A systematic reviewEstenose aórtica paradoxalBaixo fluxo sistólicoBaixo gradienteRigidez vascularDiagnósticoTratamentoPrognósticoParadoxical aortic stenosisLow systolic flowLow gradientVascular stiffnessDiagnosisTreatmentPrognosisHumansAortic Valve StenosisA estenose aórtica (EA) é uma doenc¸a valvular e vascular sistémica, com elevada prevalência nos países desenvolvidos. A nova entidade «EA grave paradoxal, baixo fluxo/baixo gradiente» refere-se aos casos em que os doentes apresentam EA grave com base na avaliac¸ão da área valvular aórtica (AVA) ( ≤ 1 cm2) ou AVA indexada ( ≤ 0,6 cm2/m2), mas que paradoxalmente tenham um gradiente médio transvalvular baixo (< 40 mmHg), com baixo volume de ejec¸ão sistólico indexado (≤ 35 ml/m2), apesar de uma frac¸ão de ejec¸ão do ventrículo esquerdo preservada (≥ 50%). Foi realizada uma pesquisa através da base de dados da PubMed sobre a EA paradoxal no período de 2007-2014. Para a presente revisão foram incluídos um total de 57 artigos. A prevalência da EA paradoxal variou entre 3-35% da populac¸ão com EA degenerativa grave. Foi mais frequente no género feminino e nos doentes com idade mais avanc¸ada, e esteve associada a uma remodelagem característica do ventrículo esquerdo, bem como a um aumento da rigidez vascular arterial sistémica. Assinala-se a possibilidade de erros e imprecisões no cálculo da AVA pela equac¸ão da continuidade, que podem sugerir o fenótipo paradoxal. Existem outros métodos de diagnóstico que podem auxiliar no estudo da EA, como o score de cálcio, a avaliac¸ão da impedância valvuloarterial e o estudo da mecânica longitudinal do ventrículo esquerdo. Relativamente à história natural, não é claro que a EA paradoxal corresponda a uma fase avanc¸ada da doenc¸a valvular aórtica, ou se representa um fenótipo distinto com especificidades próprias. A terapêutica de substituic¸ão valvular, cirúrgica ou percutânea, pode estar indicada no doente com EA paradoxal grave e sintomática.Aortic stenosis (AS) is a complex systemic valvular and vascular disease with a high prevalence in developed countries. The new entity ‘‘paradoxical low-flow, low-gradient aortic stenosis’’ refers to cases in which patients have severe AS based on assessment of Prognosisaortic valve area (AVA) (≤1 cm2) or indexed AVA (≤0.6 cm2/m2), but paradoxically have a lowmean transvalvular gradient (<40 mmHg) and a low stroke volume index (≤35 ml/m2), despitepreserved left ventricular ejection fraction (≥50%).A search was carried out in the PubMed database on paradoxical AS for the period 2007-2014. Atotal of 57 articles were included for this review. The prevalence of paradoxical AS ranged from3% to 35% of the population with severe degenerative AS. It was more frequent in females andin older patients. Paradoxical AS was associated with characteristic left ventricular remodelingas well as an increase in systemic arterial stiffness. It was noted that there may be errorsand inaccuracies in the calculation of AVA by the continuity equation, which could erroneouslysuggest the paradoxical phenotype. There are new diagnostic methods to facilitate the study ofAS, such as aortic valve calcium score, valvuloarterial impedance and the longitudinal mechanicsof the left ventricle. With regard to its natural history, it is not clear whether paradoxical AScorresponds to an advance stage of the disease or if paradoxical AS patients have a distinctphenotype with specific characteristics. Valve replacement, either surgical or percutaneous,may be indicated in patients with severe and symptomatic paradoxical AS.2017-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/102203http://hdl.handle.net/10316/102203https://doi.org/10.1016/j.repc.2016.09.010por08702551Cavaca, RitaTeixeira, RogérioVieira, Maria JoãoGonçalves, Linoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-27T20:42:41Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/102203Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:19:14.877512Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A estenose aórtica (EA) é uma doenc¸a valvular e vascular sistémica, com elevada prevalência nos países desenvolvidos. A nova entidade «EA grave paradoxal, baixo fluxo/baixo gradiente» refere-se aos casos em que os doentes apresentam EA grave com base na avaliac¸ão da área valvular aórtica (AVA) ( ≤ 1 cm2) ou AVA indexada ( ≤ 0,6 cm2/m2), mas que paradoxalmente tenham um gradiente médio transvalvular baixo (< 40 mmHg), com baixo volume de ejec¸ão sistólico indexado (≤ 35 ml/m2), apesar de uma frac¸ão de ejec¸ão do ventrículo esquerdo preservada (≥ 50%). Foi realizada uma pesquisa através da base de dados da PubMed sobre a EA paradoxal no período de 2007-2014. Para a presente revisão foram incluídos um total de 57 artigos. A prevalência da EA paradoxal variou entre 3-35% da populac¸ão com EA degenerativa grave. Foi mais frequente no género feminino e nos doentes com idade mais avanc¸ada, e esteve associada a uma remodelagem característica do ventrículo esquerdo, bem como a um aumento da rigidez vascular arterial sistémica. Assinala-se a possibilidade de erros e imprecisões no cálculo da AVA pela equac¸ão da continuidade, que podem sugerir o fenótipo paradoxal. Existem outros métodos de diagnóstico que podem auxiliar no estudo da EA, como o score de cálcio, a avaliac¸ão da impedância valvuloarterial e o estudo da mecânica longitudinal do ventrículo esquerdo. Relativamente à história natural, não é claro que a EA paradoxal corresponda a uma fase avanc¸ada da doenc¸a valvular aórtica, ou se representa um fenótipo distinto com especificidades próprias. A terapêutica de substituic¸ão valvular, cirúrgica ou percutânea, pode estar indicada no doente com EA paradoxal grave e sintomática. |
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