Suporte Social e Coping em Indivíduos com Epilepsia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Daniela Vieira da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/9894
Resumo: Introdução: A Epilepsia é uma doença neurológica crónica, caracterizada por uma predisposição persistente em provocar crises epiléticas, interferindo diariamente em todas as dimensões da vida da pessoa. Neste sentido, o efeito protetor do suporte social e a utilização de estratégias de coping adaptativas torna-se fundamental para o bem-estar destes doentes. Objetivos: A presente investigação teve como objetivo estudar o suporte social e o coping em pessoas com diagnóstico de epilepsia, em acompanhamento nas consultas de Neurologia do Hospital Sousa Martins da ULS Guarda. Especificamente: avaliar a perceção de suporte social dos participantes e as estratégias de coping mais utilizadas; analisar as diferenças nas dimensões de suporte social e coping em função das variáveis sociodemográficas sexo e idade dos participantes e em função das variáveis clínicas tempo de diagnóstico e frequência das crises epiléticas dos participantes; e avaliar a relação existente entre suporte social e estratégias de coping. Método: O protocolo utilizado para a recolha de dados incluiu, para além do Questionário Sociodemográfico e Ficha Clínica, os seguintes instrumentos psicológicos: EAS - Escala de Apoio Social de Matos e Ferreira (2000); COPE-R - Questionário de Estratégias de Coping de Pais-Ribeiro e Rodrigues (2004). A amostra foi constituída por 50 indivíduos adultos com diagnóstico de epilepsia. Resultados: Os participantes percecionam obter mais apoio social do tipo instrumental. As estratégias de coping mais utilizadas pelos indivíduos com epilepsia foram (por ordem decrescente): a aceitação, a autodistração, o planear e a religião. As mulheres percecionam níveis superiores de apoio social emocional, informativo e global e utilizam mais as estratégias de coping planear, utilizar suporte social emocional, reinterpretação positiva, expressão de sentimentos e coping no global. O grupo etário dos 20 aos 40 anos perceciona níveis superiores de apoio social emocional e global. O grupo etário dos 41 aos 60 anos e dos 61 aos 80 anos utilizam mais o humor e a religião como estratégia de coping, respetivamente. O grupo de indivíduos com diagnóstico de epilepsia entre os 9 e os 25 anos percecionam níveis superiores de apoio social informativo. O grupo de indivíduos com diagnóstico de epilepsia entre os 9 e os 25 anos utilizam mais estratégias de coping ativo, autoculpabilização e expressão de sentimentos. Os participantes que apresentam mais de 10 crises epiléticas por ano utilizam mais a estratégia de coping ativo. Quanto maior é a perceção de apoio social informativo maior é a utilização de estratégias de coping no global. Conclusão: Salienta-se a importância da realização de um trabalho a nível psicossocial e multidisciplinar na epilepsia, enfatizando o papel da psicologia, nomeadamente na monitorização da avaliação e desenvolvimento de estratégias de coping adaptativas e no suporte social, fornecendo informação e apoio direto ao paciente e à sua rede social.
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spelling Suporte Social e Coping em Indivíduos com EpilepsiaCopingEpilepsySocial SupportDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaIntrodução: A Epilepsia é uma doença neurológica crónica, caracterizada por uma predisposição persistente em provocar crises epiléticas, interferindo diariamente em todas as dimensões da vida da pessoa. Neste sentido, o efeito protetor do suporte social e a utilização de estratégias de coping adaptativas torna-se fundamental para o bem-estar destes doentes. Objetivos: A presente investigação teve como objetivo estudar o suporte social e o coping em pessoas com diagnóstico de epilepsia, em acompanhamento nas consultas de Neurologia do Hospital Sousa Martins da ULS Guarda. Especificamente: avaliar a perceção de suporte social dos participantes e as estratégias de coping mais utilizadas; analisar as diferenças nas dimensões de suporte social e coping em função das variáveis sociodemográficas sexo e idade dos participantes e em função das variáveis clínicas tempo de diagnóstico e frequência das crises epiléticas dos participantes; e avaliar a relação existente entre suporte social e estratégias de coping. Método: O protocolo utilizado para a recolha de dados incluiu, para além do Questionário Sociodemográfico e Ficha Clínica, os seguintes instrumentos psicológicos: EAS - Escala de Apoio Social de Matos e Ferreira (2000); COPE-R - Questionário de Estratégias de Coping de Pais-Ribeiro e Rodrigues (2004). A amostra foi constituída por 50 indivíduos adultos com diagnóstico de epilepsia. Resultados: Os participantes percecionam obter mais apoio social do tipo instrumental. As estratégias de coping mais utilizadas pelos indivíduos com epilepsia foram (por ordem decrescente): a aceitação, a autodistração, o planear e a religião. As mulheres percecionam níveis superiores de apoio social emocional, informativo e global e utilizam mais as estratégias de coping planear, utilizar suporte social emocional, reinterpretação positiva, expressão de sentimentos e coping no global. O grupo etário dos 20 aos 40 anos perceciona níveis superiores de apoio social emocional e global. O grupo etário dos 41 aos 60 anos e dos 61 aos 80 anos utilizam mais o humor e a religião como estratégia de coping, respetivamente. O grupo de indivíduos com diagnóstico de epilepsia entre os 9 e os 25 anos percecionam níveis superiores de apoio social informativo. O grupo de indivíduos com diagnóstico de epilepsia entre os 9 e os 25 anos utilizam mais estratégias de coping ativo, autoculpabilização e expressão de sentimentos. Os participantes que apresentam mais de 10 crises epiléticas por ano utilizam mais a estratégia de coping ativo. Quanto maior é a perceção de apoio social informativo maior é a utilização de estratégias de coping no global. Conclusão: Salienta-se a importância da realização de um trabalho a nível psicossocial e multidisciplinar na epilepsia, enfatizando o papel da psicologia, nomeadamente na monitorização da avaliação e desenvolvimento de estratégias de coping adaptativas e no suporte social, fornecendo informação e apoio direto ao paciente e à sua rede social.Introduction: Epilepsy is a chronic neurologic disease characterized for a persistent predisposition that provoques epileptic seizures, daily interfering in all dimensions of a person's life. In this sense, the protective effect of social support and the use of coping adaptatives strategies becomes fundamental for the well-being of the patients. Objectives: This investigation has the goal to study the social support and coping on people diagnosed with epilepsy, on follow up at the Neurologic appoitments of the Sousa Martins Hospital of the ULS Guarda. Specifically: the social support evaluation of the participants perception and the more frequente use of coping strategies; to analyze the differences in the dimensions of social support and coping according to the sociodemographic variables gender and age of the participants and depending on the clinical variables time of diagnosis and frequency of epileptic seizures of the participants; and evaluate the relationship between social support and coping strategies. Method: The used protocol for data collection includes, apart from the Social Demographic Questionnaire and the Clinical file, the following psychological instruments: EAS - Social Support Scale of Matos and Ferreira (2000); COPE-R - Coping Strategies Questionnaire from Pais-Ribeiro and Rodrigues (2004). The sample consisted of 50 adult individuals diagnosed with epilepsy. Results: Participants perceived to obtain more social support of the instrumental type. The coping strategies most used by individuals with epilepsy were (by descreasing order): acceptance, self-distraction, planning, and religion. Women perceive higher levels of emotional, informative, and global social support and more utilize coping strategies to plan, utilize emotional social support, positive reinterpretation, feelings expression, and coping in the global. The 20-40 age group perceives higher levels of emotional and global social support. The age group from 41 to 60 years and from 61 to 80 years use humor and religion as coping strategy, respectively. The group of individuals diagnosed with epilepsy between the ages of 9 and 25 perceive higher levels of social information support. The group of individuals diagnosed with epilepsy between the ages of 9 and 25 use more active coping strategies, self-blame and feelings expression. The participants who present less than 2 epileptic seizures per year use more the active coping strategies. The higher the the perception of social informational support the greater the using of coping strategies globally. Conclusion: Potting out the value of a realization of work at the role of psychosocial and multidisciplinary emphasizing the role of psychology, particular in the monitoring the adaptive evaluation and development coping strategies and in a social support, providing information and direct support to the pacient and his social network.Carvalho, Paula Susana Loureiro Saraiva deuBibliorumSilva, Daniela Vieira da2020-03-09T17:12:27Z2018-11-162018-10-082018-11-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/9894TID:202357333porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:51:14Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/9894Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:49:56.975047Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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