O contributo d'O Panorama na divulgação histórica em Portugal no Século XIX (1837-68)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/34641 |
Resumo: | O regime monárquico constitucional estabeleceu-se, de forma definitiva, após a guerra civil que colocou em confronto liberais e absolutistas (1832-34). A possível estabilidade política, contudo, só veio apenas em meados do século, período em que se consumou a forma final do regime liberal como resultado último das disputas entre as diferentes famílias liberais (setembristas e cartistas). Não obstante o período de instabilidade política que em grande medida caracterizou a primeira metade de oitocentos, observamos o emergir - ou a tentativa de - de um novo modelo político, social e económico (com raízes no Vintismo) que, paulatinamente, veio a mudar a sociedade portuguesa. Estas mudanças podem ser observadas sobre vários prismas, mas para o nosso caso interessam-nos, em particular, dois aspectos: o movimento associativo com fortes raízes no século XVIII, mas com um crescimento notório a partir de 1834 (sociedades patrióticas, científicas, culturais e industriais), e a imprensa periódica, que vinha a desenvolver-se de forma significativa e com diferentes matizes desde a primeira década de oitocentos, com melhoramentos técnicos, e, mais importante, com o surgimento da lógica de um espaço público de discussão. Estes dois eixos assumem particular destaque, quer pela sua expansão considerável mas também pelos seus intuitos. Desenvolvimentos que, conjugados ou como fruto de uma nova e dinâmica cultura política, estabeleceram novas necessidades de divulgação da memória histórica. É pois num contexto de mudanças políticas, sociais, culturais e técnicas que temos de compreender O Panorama, periódico de grande influência em Portugal durante uma boa parte do século XIX. |
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