Geologia, Geomorfologia e sismicidade na região de Ciborro-Arraiolos: Actividade tectónica local ou associada a uma estrutura com importância regional?
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/4233 |
Resumo: | A região de Évora apresenta uma actividade sísmica fraca, aparentemente difusa mas persistente (Borges et al, 2001; Bezzeghoud e Borges, 2003). Numa análise detalhada dos dados da sismicidade, publicados pelo Instituto de Meteorologia, esta actividade concentra-se preferencialmente na região a norte de Évora, abrangendo as povoações de Azaruja, Arraiolos, Mora e Ciborro. Esta região apresenta alguns lineamentos que correspondem claramente a escarpas de falha que separam compartimentos desnivelados da superfície fundamental da Meseta Sul, como é o caso da escarpa de S. Gregório (virada a norte), da escarpa de Aldeia da Serra (virada a oeste) ou a do Ciborro que faz localmente o limite da bacia do Tejo com o soco paleozóico e que se traduz por uma escarpa de direcção WNW-ESE, virada a NE. A análise da Geologia e da Geomorfologia da região mostram evidências de actividade tectónica ao longo destes acidentes no Cenozóico, mas não existem critérios estratigráficos para datar com rigor essa actividade. Os sismos que ocorrem nesta região são geralmente de magnitude baixa, não permitindo determinar os respectivos mecanismos focais, no entanto Bezzegoud e Borges (2003) apresentam soluções para dois mecanismos focais de sismos com magnitude 3.2, com epicentro próximo de S. Gregório, no dia 19-01-1997 e magnitude 4.0, com epicentro em Azaruja em 31-07-1998. Estes mecanismos indicam uma direcção de compressão NW-SE e são compatíveis com planos de ruptura do tipo desligamento direito, de direcção N80W a N85W, inclinados 60 a 70º para sul. Esta atitude é coincidente com a atitude determinada em afloaramento para a falha de Ciborro. Considerando uma cinemática actual preferencialmente do tipo desligamento direito para os acidentes de direcção WNW-ESSE, o relevo de Aldeia da Serra poderá corresponder a um “push up” activo (Araújo e tal, 2010). Nesta apresentação colocamos a hipótese destas estruturas serem um testemunho local de uma estrutura maior com expressão regional, eventualmente responsável pelo sismo de Benavente de 1909. |
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