João Paulo II : síntese de um pontificado

• Autor(a) principal: Abreu, Carlos Alberto Martins de
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/40703
• topic: Humanidade; Valores; Devoção; Diálogo inter-religioso; Humanity; Values; Devotion; Interreligious dialogue; Domínio/Área Científica::Humanidades::Filosofia, Ética e Religião

O terceiro maior Pontificado da História da Igreja, 26 anos, mais de duas décadas e meia que revolucionaram a sociedade contemporânea no campo político, social e humanitário. De facto, São João Paulo II desenvolveu na prática a expressão de Paulo VI: civilização do amor. A sua atuação no combate ao comunismo, na defesa da família, no estímulo ao diálogo interreligioso e na promoção da paz levou-o a ser conhecido carinhosamente como “peregrino do amor”, em alusão às suas constantes visitas papais. Foram 104 países os visitados, em que o papa polaco repetia o gesto que se tornou símbolo da sua presença, beijar o chão de cada novo lugar que visitava logo depois de descer do avião. Com o lema “Totus tuus”, “todo teu”, Maria, declarou o seu amor e total devoção à Virgem Maria, particularmente à Nossa Senhora de Częstochowa, padroeira da Polónia. E foi à Virgem Maria que o Papa atribuiu a sobrevivência ao atentado que sofreu em 13 de maio de 1981. João Paulo II criou as Jornadas Mundiais da Juventude, escreveu 14 encíclicas, organizou 15 assembleias do Sínodo dos Bispos, nomeou 231 cardeais, beatificou 1338 pessoas e canonizou 482 santos. Mas foi além das palavras e demonstrou a sua santidade, mesmo nos momentos de dor. Nos últimos anos de vida lutou bravamente contra o Parkinson. Entrou para eternidade no dia 2 de abril de 2005. O seu funeral reuniu milhões de fiéis em Roma e mais de 200 representantes de governos. Lido e explicado à luz do amor, o seu legado permanece vivo e firme; e o seu convite feito na homilia do início do seu pontificado continua a ecoar: “Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!”.