Fatores que levam ao abandono precoce da amamentação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/8029 |
Resumo: | Introdução O aleitamento materno está na base de um bom crescimento e desenvolvimento biológico e social das crianças, conferindo inúmeras vantagens para estas e para as mães. As recomendações atuais sugerem o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida. Estudos recentes apontam para um decréscimo significativo da manutenção do aleitamento materno exclusivo nos primeiros meses de vida. Objetivos Avaliar a duração do aleitamento materno nos primeiros seis meses de vida e identificar as razões que levam à não amamentação ou ao seu abandono. Métodos Estudo observacional prospetivo através da aplicação de cinco questionários às puérperas cujo parto ocorreu entre 01 de Fevereiro e 31 de Março de 2016 no Centro Hospitalar Cova da Beira, sendo o primeiro realizado presencialmente no internamento do pós-parto e os restantes via telefone/e-mail ao final da 1ª semana e do 1º, 3º e 6º mês. Resultados Aceitaram participar no estudo 70 puérperas. Ao final dos 6 meses de seguimento, 36,8% das mães tinha abandonado a amamentação. As razões referidas mais comumente para o abandono foram a “falta de leite materno” e o facto de o “bebé não ficar satisfeito”, de imediato seguidas pelas “questões laborais” e pelos “problemas mamários”. Na 1ª semana os motivos invocados são sobretudo relacionados com a lactação e com a adaptação pediátrica à amamentação. Nos meses seguintes, as causas passam a incluir fatores maternos, como o “cansaço” ou “problemas de saúde”, pediátricos, “falta de interesse do bebé” e socioculturais, “emprego”, “comodismo/independência” e “estar na altura”. O número reduzido da amostra não permitiu obter significância estatística na relação do abandono precoce com fatores sociodemográficos, referentes ao parto, história obstétrica materna ou preparação materna para a amamentação. Conclusão O abandono precoce da amamentação pode ter diversas causas subjacentes, algumas passíveis de intervenção. Os mitos acerca do aleitamento materno precisam de ser desconstruídos a fim de reduzir o abandono precoce da amamentação e o consequente desperdício da sua riqueza nutritiva, imunológica e emocional. |
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Fatores que levam ao abandono precoce da amamentaçãoAbandono PrecoceAleitamento MaternoAmamentaçãoDesmameDuraçãoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução O aleitamento materno está na base de um bom crescimento e desenvolvimento biológico e social das crianças, conferindo inúmeras vantagens para estas e para as mães. As recomendações atuais sugerem o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida. Estudos recentes apontam para um decréscimo significativo da manutenção do aleitamento materno exclusivo nos primeiros meses de vida. Objetivos Avaliar a duração do aleitamento materno nos primeiros seis meses de vida e identificar as razões que levam à não amamentação ou ao seu abandono. Métodos Estudo observacional prospetivo através da aplicação de cinco questionários às puérperas cujo parto ocorreu entre 01 de Fevereiro e 31 de Março de 2016 no Centro Hospitalar Cova da Beira, sendo o primeiro realizado presencialmente no internamento do pós-parto e os restantes via telefone/e-mail ao final da 1ª semana e do 1º, 3º e 6º mês. Resultados Aceitaram participar no estudo 70 puérperas. Ao final dos 6 meses de seguimento, 36,8% das mães tinha abandonado a amamentação. As razões referidas mais comumente para o abandono foram a “falta de leite materno” e o facto de o “bebé não ficar satisfeito”, de imediato seguidas pelas “questões laborais” e pelos “problemas mamários”. Na 1ª semana os motivos invocados são sobretudo relacionados com a lactação e com a adaptação pediátrica à amamentação. Nos meses seguintes, as causas passam a incluir fatores maternos, como o “cansaço” ou “problemas de saúde”, pediátricos, “falta de interesse do bebé” e socioculturais, “emprego”, “comodismo/independência” e “estar na altura”. O número reduzido da amostra não permitiu obter significância estatística na relação do abandono precoce com fatores sociodemográficos, referentes ao parto, história obstétrica materna ou preparação materna para a amamentação. Conclusão O abandono precoce da amamentação pode ter diversas causas subjacentes, algumas passíveis de intervenção. Os mitos acerca do aleitamento materno precisam de ser desconstruídos a fim de reduzir o abandono precoce da amamentação e o consequente desperdício da sua riqueza nutritiva, imunológica e emocional.Introduction Breastfeeding is the basis of good growth and biological and social development of children, conferring numerous advantages for these and for the mothers. Current recommendations suggest exclusive breastfeeding in the first six months of life. Recent studies point to a significant decrease in the maintenance of exclusive breastfeeding in the first months of life. Objectives To assess the duration of breastfeeding in the first six months of life and to identify the reasons for not breastfeeding or early weaning. Methods Prospective observational study through the application of five questionnaires to puerperal women whose delivery occurred between February 1 and March 31, 2016 at the Cova da Beira Hospital Center, the first one being in person at the hospital and the remaining via phone / e- Mail at the end of the 1st week and at the end of the 1st, 3rd and 6th month. Results Seventy postpartum women participated in the study. At the end of the 6-month follow-up, 36.8% of the mothers had abandoned breastfeeding. The most commonly cited reasons for abandonment were "lack of breast milk" and "baby not satisfied", followed immediately by "labor issues" and "breast problems." In the first week the reasons cited are mainly related to lactation and to the pediatric adaptation to breastfeeding. In the following months, the causes include maternal factors such as "fatigue" or "health problems", pediatric, "lack of baby interest" and sociocultural, "employment", "comfort / independence" and "time to wean ". The reduced number of the sample did not allow for statistical significance in the relation of early abandonment with sociodemographic factors, referring to childbirth, maternal obstetric history or maternal preparation for breastfeeding. Conclusion The early weaning may have several underlying causes, some of which, can be modified with intervention. Myths about breastfeeding need to be deconstructed in order to reduce the early cessation of breastfeeding and the consequent waste of its nutritional, immune, and emotional wealth.Carvalho, Cristiana Mafalda MendesuBibliorumCarreira, Ana Rute Gonçalves2019-12-20T17:28:51Z2017-4-122017-05-032017-05-03T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8029TID:202346757porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:47:44Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8029Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:27.576709Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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