Dimensão da espiritualidade do doente oncológico como estratégia de enfrentamento da doença

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Sandra Daniela Gil
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/18925
Resumo: Atualmente a dimensão da espiritualidade no seio profissional e académico continua envolto por uma certa negação, vergonha e incompreensão. Porém, a utilização da dimensão da espiritualidade como forma de enfrentamento da doença crónica tem sido alvo de grande interesse por estes profissionais, mais concretamente, na área da oncologia. Contudo, a sua verdadeira contribuição para os doentes portadores de doença oncológica permanece muito vaga, contribuindo para a negligência na vertente biopsicossocioespiritual e, consequentemente da dignidade enquanto ser humano. Assim, propomos como objetivos os seguintes: 1) identificar as estratégias de enfrentamento na doença crónica; 2) reconhecer se a espiritualidade é uma estratégia de enfrentamento na doença oncológica; 3) evidenciar a importância da teoria da dignidade na doença oncológica. Como questão de partida propomos, a espiritualidade é uma estratégia de enfrentamento na doença oncológica? Métodos: estudo qualitativo, através de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL) onde foram analisados 48 artigos. Para isto, procedeu-se à utilização de uma nova metodologia denominada SPIDER. Realizou-se uma pesquisa direta nas bases de dados de literatura – PubMed e Scielo. Todas as pesquisas foram realizadas utilizando um filtro para publicações dos últimos dez anos e com base nos termos “oncologia”, “espiritualidade”, “cancêr” e “cancro”, tanto em português como os mesmos termos em inglês, tendo-se aplicado vários critérios de seleção, resultando na análise profunda de 48 artigos. Posteriormente, foram obtidos outros trabalhos através de pesquisas em motores de busca online, nomeadamnte a B-on. Resultados: A dimensão da espiritualidade é um mecanismo de coping, útil em todas as fases da doença oncológica, encontrando-se evidências que proporcionam uma melhor saúde, melhor qualidade de vida, menores índices de ansiedade, depressão, desesperança e suicídio, aumentando a adesão ao tratamento e melhora a cooperação com os médicos, melhorando as relações pessoais do doente e aumentando a satisfação com a vida, não obstante a doença. A componente da espiritualidade constitui, assim, um ator privilegiado de humanização e personalização dos cuidados. Os doentes têm uma grande necessidade de serem escutados e compreendidos e querem conversar com os profissionais de saúde acerca da sua espiritualidade, pelo que é importante que estes reconheçam a importância desta dimensão na vida dos doentes, que os compreendam como pessoas e que sejam capazes de os ouvir. Conclusão: A espiritualidade como estratégia de enfrentamento na doença oncológica aporta benefícios no enfrentamento da doença oncológica. Através desta estratégia os doentes oncológicos obtêm ganhos na qualidade de vida, no seu bem-estar e conforto, no crescimento pessoal, sensação de defesa e na manutenção da esperança. Contribui também para a clarificação do significado e propósito de vida, na tomada de decisão acerca dos tratamentos e ainda, auxilia na superação e diminuição de sentimentos negativos como o stress, ansiedade, depressão e sensação de dor.
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Assim, propomos como objetivos os seguintes: 1) identificar as estratégias de enfrentamento na doença crónica; 2) reconhecer se a espiritualidade é uma estratégia de enfrentamento na doença oncológica; 3) evidenciar a importância da teoria da dignidade na doença oncológica. Como questão de partida propomos, a espiritualidade é uma estratégia de enfrentamento na doença oncológica? Métodos: estudo qualitativo, através de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL) onde foram analisados 48 artigos. Para isto, procedeu-se à utilização de uma nova metodologia denominada SPIDER. Realizou-se uma pesquisa direta nas bases de dados de literatura – PubMed e Scielo. Todas as pesquisas foram realizadas utilizando um filtro para publicações dos últimos dez anos e com base nos termos “oncologia”, “espiritualidade”, “cancêr” e “cancro”, tanto em português como os mesmos termos em inglês, tendo-se aplicado vários critérios de seleção, resultando na análise profunda de 48 artigos. Posteriormente, foram obtidos outros trabalhos através de pesquisas em motores de busca online, nomeadamnte a B-on. Resultados: A dimensão da espiritualidade é um mecanismo de coping, útil em todas as fases da doença oncológica, encontrando-se evidências que proporcionam uma melhor saúde, melhor qualidade de vida, menores índices de ansiedade, depressão, desesperança e suicídio, aumentando a adesão ao tratamento e melhora a cooperação com os médicos, melhorando as relações pessoais do doente e aumentando a satisfação com a vida, não obstante a doença. A componente da espiritualidade constitui, assim, um ator privilegiado de humanização e personalização dos cuidados. Os doentes têm uma grande necessidade de serem escutados e compreendidos e querem conversar com os profissionais de saúde acerca da sua espiritualidade, pelo que é importante que estes reconheçam a importância desta dimensão na vida dos doentes, que os compreendam como pessoas e que sejam capazes de os ouvir. Conclusão: A espiritualidade como estratégia de enfrentamento na doença oncológica aporta benefícios no enfrentamento da doença oncológica. Através desta estratégia os doentes oncológicos obtêm ganhos na qualidade de vida, no seu bem-estar e conforto, no crescimento pessoal, sensação de defesa e na manutenção da esperança. Contribui também para a clarificação do significado e propósito de vida, na tomada de decisão acerca dos tratamentos e ainda, auxilia na superação e diminuição de sentimentos negativos como o stress, ansiedade, depressão e sensação de dor.Today, a dimension of spirituality within the professional and academic spheres remains surrounded by a certain denial, shame and incomprehension. However, the use of the dimension of spirituality as a form of coping with the disease has been the subject of great interest by these professionals, more concretely, in the area of oncology. However, its contribution to patients with cancer disease remains very vague, contributing to a neglect of the biopsychosoespiritual aspect and, consequently, dignity as a human being. We propose the following objectives: 1) identify coping strategies in the chronic task; 2) recognize if spirituality is a coping strategy in oncological disease; 3) to show an importance of the theory of dignity in cancer disease. As a starting point we propose, is spirituality a coping strategy in cancer disease? Methods: qualitative study, through an Integrative Review of Literature in which 48 articles were approached. For this Integrative Review of Literature we used a new methodology called SPIDER. A direct search was carried out in the literature databases - PubMed and Scielo. All searches were done using a magazine filter for the last ten years and based on the terms "oncology", "spirituality", "cancêr" and "cancer", both in Portuguese and the English terms, having several themes of selection, promotion in the deep analysis of 48 articles. Later work was seen through searches on search engines online, specifically B-on. Results: It results from the review carried out that the human being is one of a great biopsychosoespiritual complexity. All dimensions are interconnected in the care of the cancer patient, requiring a holistic approach to these patients, which translates into a significant impact on their dignity. The dimension of spirituality is a mechanism of coping, useful in all phases of oncological disease, finding evidence that provides better health, better quality of life, lower rates of anxiety, depression, hopelessness and suicide, increasing adherence to treatment and improving cooperation with physicians, which improves the patient's personal relationships and increases satisfaction with life, regardless of their illness. The component of spirituality is thus a privileged actor of humanization and personalization of care. Patients have a great need to be listened to and understood and want to talk to health professionals about their spirituality, so it is important for them to recognize the importance of this dimension in the lives of patients, to understand them as people and to be able to hear them. Conclusion: Spirituality as a coping strategy in oncological disease provides benefits in coping with the disease. Through this strategy, cancer patients will increase their quality of life, their well-being and comfort, personal growth, a sense of defense and the maintenance of hope. It also contributes to the clarification of the meaning and purpose of life, in the decision making about the treatments, and also it helps in overcoming and reducing negative feelings like stress, anxiety, depression and sensation of pain.Galvão, Ana MariaAla, SílviaBiblioteca Digital do IPBOliveira, Sandra Daniela Gil2019-02-19T14:33:06Z201920182019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/18925TID:202173569porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:43:12Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/18925Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:09:14.155033Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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