Censura vermelha: as empresas de jornais perante a greve da imprensa de 1921

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matos, José Nuno
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/36297
Resumo: Este artigo constitui um estudo sobre uma greve de jornalistas, tipógrafos e distribuidores que ocorreu em Lisboa no ano de 1921. Culminar de uma tensão verificada nos anos anteriores, responsável por várias greves, este acontecimento destaca-se quer pela sua longevidade, durando cerca de quatro meses, quer por reunir trabalhadores com condições sociais distintas. A partir da análise da sua cobertura por O Jornal, órgão das empresas de jornais, bem como por O Século e o Diário de Notícias, esta investigação visa, em primeiro lugar, demonstrar como a produção jornalística se insere numa estratégia de luta contra os grevistas, nomeadamente através da sua vinculação ao regime bolchevique e ao exercício de uma “censura vermelha”. Além de visar o seu descrédito, o estabelecimento de tal relação servia para justificar a repressão da atividade sindical. Num segundo momento, o texto pretende identificar diferenças e semelhanças entre os discursos veiculados pelos diários, contribuindo assim para a reflexão em torno da distinção entre jornalismo informativo e político.
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