Monogamia e ajustamento conjugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendes, José Carlos da Silva
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/2504
Resumo: Um laço novo se estabelece entre sexualidade e vida conjugal nas últimas décadas do século XX. Tradicionalmente o direito à actividade sexual era adquirido com o estatuto de sujeito casado; hoje em dia, o intercâmbio sexual passou a ser o motor interno da conjugalidade. No entanto, esta inversão não gerou uma transformação completa das relações de género. A análise das mudanças dos comportamentos na mostra sem dúvida uma aproximação das trajectórias sexuais femininas e masculinas, e o desenvolvimento dum valor de reciprocidade entre parceiros. Mas o exame mais preciso do confronto dos homens e das mulheres nas várias etapas do intercâmbio sexual sugere a permanência de uma divergência de género: tanto a socialização adolescente como o curso da vida conjugal continuam sustentando interpretações muito assimétricas da sexualidade, nas quais o desejo feminino tem menos legitimidade do que o masculino. O presente estudo, pretende investigar a percepção do ajustamento conjugal e exclusividade sexual relativamente a casais do mesmo sexo e casais de sexo diferente. Para tal, foi utilizado o método observacional descritivo, transversal e correlacional. Verificou-se que 48% dos inquiridos apresentam valores de exclusividade sexual iguais ou inferiores a 10, e que que 49% dos inquiridos apresenta um nível de ajustamento conjugal igual ou superior a 115. Pudemos verificar também que os heterossexuais apresentam maiores níveis de exclusividade sexual, comparativamente aos bissexuais e homossexuais. No entanto, o mesmo não acontece quanto ao ajustamento conjugal, no qual não se encontraram diferenças significativas entre a orientação sexual (heterossexuais, bissexuais e homossexuais).
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