Caracterização do uso de laxantes pela população portuguesa e determinação do papel do farmacêutico no aconselhamento do uso dos mesmos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/5281 |
Resumo: | O presente documento está dividido em dois capítulos. O primeiro diz respeito à experiência profissionalizante na Farmácia Comunitária e o segundo é relativo ao projeto de investigação desenvolvido, através da realização de inquéritos, sobre o uso de laxantes pela população portuguesa e a determinação do papel do farmacêutico no aconselhamento do uso dos mesmos. O estágio na Farmácia Comunitária, realizado na Farmácia Crespo, decorreu no período de 26 de janeiro a 12 de junho de 2015, na Covilhã. Este período de estágio foi de grande aprendizagem a vários níveis, principalmente a nível científico e social, tendo contribuído para evoluir como profissional de saúde com a responsabilidade de providenciar ao utente o melhor serviço possível. Desta forma, este estágio possibilitou o contacto com as várias vertentes em que o papel do farmacêutico se destaca, nomeadamente no aconselhamento do uso correto e racional dos medicamentos, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos utentes. A componente de investigação do presente relatório tem como tema principal o uso de laxantes pela população portuguesa, o qual se reveste da maior importância. Neste contexto, a obstipação é uma desordem gastrointestinal muito comum que afeta sobretudo idosos e mulheres. Como primeira linha de tratamento, deve recorrer-se à terapia não farmacológica, Contudo, quando este tipo de terapia falha é necessário, muitas vezes, recorrer-se à terapia farmacológica, neste caso, ao uso de laxantes. No entanto, como a maioria destes não são sujeitos a receita médica, os utentes, ao automedicarem-se, incorrem, frequentemente, no uso incorreto e abusivo dos mesmos, desempenhando, assim, o farmacêutico um papel fulcral no aconselhamento do uso deste tipo de fármacos. Tendo toda esta informação em consideração, foi realizado um estudo observacional, do tipo descritivo e transversal, em 15 Farmácias Comunitárias, que abrangeu localidades como a Guarda, Castelo Branco, Coimbra, Vilar Formoso, Vila Nova de Foz Côa e Lisboa. O objetivo deste estudo foi determinar o uso de laxantes pela população portuguesa, assim como o papel do farmacêutico no aconselhamento do uso dos mesmos. A amostra obtida foi de 387 indivíduos e, para se obter a informação pretendida, utilizaram-se inquéritos. O tratamento estatístico realizado foi descritivo e inferencial. Da amostra total de inquiridos, constatou-se que 267 são do sexo feminino (69%) e 120 são do sexo masculino (31%). A média das idades foi de 51 anos, sendo a idade mais frequente a de 43 anos. Relativamente à idade, constatou-se que a maior percentagem dos indivíduos que reponderam obrar uma vez por semana correspondeu à faixa etária dos 65 ou mais anos. No que diz respeito à utilização de laxantes, verificou-se que 65% dos inquiridos responderam ter tomado e 68% afirmaram não tomar atualmente laxantes, e que as mulheres e os idosos tomam mais este tipo de medicamento. No que toca ao uso continuado deste tipo de fármacos, verificou-se a maior percentagem na faixa etária dos 65 ou mais anos, tendo sido indicada a toma de laxantes durante anos. Os inquiridos que referiram usar o laxante somente por um dia não reportaram quaisquer efeitos adversos, ao contrário dos que afirmaram tomar laxantes durante anos. O laxante mais usado, segundo este estudo, foi o Dulcolax®, tendo a maior parte dos inquiridos afirmado combinar o uso de laxantes com outros fármacos, principalmente com benzodiazepinas e antidepressivos, ocorrendo essa situação principalmente em mulheres. No que diz respeito ao papel do farmacêutico no aconselhamento, verificou-se que 66% dos inquiridos respondeu que os farmacêuticos informam o utente em relação ao uso adequado do laxante. No entanto, outro tipo de informações, igualmente importantes, designadamente a adoção de um estilo de vida saudável, a toma de laxantes como uma solução temporária para o problema da obstipação e as consequências de um uso abusivo de laxantes, foram menos referidas pelos inquiridos no aconselhamento pelo farmacêutico no ato da dispensa. |
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Caracterização do uso de laxantes pela população portuguesa e determinação do papel do farmacêutico no aconselhamento do uso dos mesmosExperiência profissionalizante na vertente de farmácia comunitária e investigaçãoAbuso de LaxantesAconselhamento de FármacosFarmácia ComunitáriaObstipaçãoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Ciências FarmacêuticasO presente documento está dividido em dois capítulos. O primeiro diz respeito à experiência profissionalizante na Farmácia Comunitária e o segundo é relativo ao projeto de investigação desenvolvido, através da realização de inquéritos, sobre o uso de laxantes pela população portuguesa e a determinação do papel do farmacêutico no aconselhamento do uso dos mesmos. O estágio na Farmácia Comunitária, realizado na Farmácia Crespo, decorreu no período de 26 de janeiro a 12 de junho de 2015, na Covilhã. Este período de estágio foi de grande aprendizagem a vários níveis, principalmente a nível científico e social, tendo contribuído para evoluir como profissional de saúde com a responsabilidade de providenciar ao utente o melhor serviço possível. Desta forma, este estágio possibilitou o contacto com as várias vertentes em que o papel do farmacêutico se destaca, nomeadamente no aconselhamento do uso correto e racional dos medicamentos, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos utentes. A componente de investigação do presente relatório tem como tema principal o uso de laxantes pela população portuguesa, o qual se reveste da maior importância. Neste contexto, a obstipação é uma desordem gastrointestinal muito comum que afeta sobretudo idosos e mulheres. Como primeira linha de tratamento, deve recorrer-se à terapia não farmacológica, Contudo, quando este tipo de terapia falha é necessário, muitas vezes, recorrer-se à terapia farmacológica, neste caso, ao uso de laxantes. No entanto, como a maioria destes não são sujeitos a receita médica, os utentes, ao automedicarem-se, incorrem, frequentemente, no uso incorreto e abusivo dos mesmos, desempenhando, assim, o farmacêutico um papel fulcral no aconselhamento do uso deste tipo de fármacos. Tendo toda esta informação em consideração, foi realizado um estudo observacional, do tipo descritivo e transversal, em 15 Farmácias Comunitárias, que abrangeu localidades como a Guarda, Castelo Branco, Coimbra, Vilar Formoso, Vila Nova de Foz Côa e Lisboa. O objetivo deste estudo foi determinar o uso de laxantes pela população portuguesa, assim como o papel do farmacêutico no aconselhamento do uso dos mesmos. A amostra obtida foi de 387 indivíduos e, para se obter a informação pretendida, utilizaram-se inquéritos. O tratamento estatístico realizado foi descritivo e inferencial. Da amostra total de inquiridos, constatou-se que 267 são do sexo feminino (69%) e 120 são do sexo masculino (31%). A média das idades foi de 51 anos, sendo a idade mais frequente a de 43 anos. Relativamente à idade, constatou-se que a maior percentagem dos indivíduos que reponderam obrar uma vez por semana correspondeu à faixa etária dos 65 ou mais anos. No que diz respeito à utilização de laxantes, verificou-se que 65% dos inquiridos responderam ter tomado e 68% afirmaram não tomar atualmente laxantes, e que as mulheres e os idosos tomam mais este tipo de medicamento. No que toca ao uso continuado deste tipo de fármacos, verificou-se a maior percentagem na faixa etária dos 65 ou mais anos, tendo sido indicada a toma de laxantes durante anos. Os inquiridos que referiram usar o laxante somente por um dia não reportaram quaisquer efeitos adversos, ao contrário dos que afirmaram tomar laxantes durante anos. O laxante mais usado, segundo este estudo, foi o Dulcolax®, tendo a maior parte dos inquiridos afirmado combinar o uso de laxantes com outros fármacos, principalmente com benzodiazepinas e antidepressivos, ocorrendo essa situação principalmente em mulheres. No que diz respeito ao papel do farmacêutico no aconselhamento, verificou-se que 66% dos inquiridos respondeu que os farmacêuticos informam o utente em relação ao uso adequado do laxante. No entanto, outro tipo de informações, igualmente importantes, designadamente a adoção de um estilo de vida saudável, a toma de laxantes como uma solução temporária para o problema da obstipação e as consequências de um uso abusivo de laxantes, foram menos referidas pelos inquiridos no aconselhamento pelo farmacêutico no ato da dispensa.This document is divided in two chapters: the first reports on the job training experience at a community pharmacy while the second covers the research project, carried out through a survey, on the use of laxatives by the Portuguese to determine the role of the pharmacist in counseling about the use of laxatives. The internship at the Crespo Pharmacy (Farmácia Crespo) in Covilhã, from 26 January to 12 June 2015, was a great learning experience not just scientifically but also socially, among other forms of growth, since it provided the prospect of developing as a health professional with the responsibility of offering the patient/customer the best possible service. The internship was an opportunity to experience the variety of roles the pharmacist plays in contact with the public, including counseling on the correct and reasonable usage of medicine to contribute to the improvement of their quality of life. The research component of this report focuses on the use of laxatives by the Portuguese population. This is of great import because constipation is a very common gastrointestinal disorder which affects especially the elderly and women. As a first line of treatment, nonpharmacological therapy should by sought out but when it fails, pharmacological therapy is often used. Many laxatives are sold over the counter, however, which leads to selfmedication and, frequently, their incorrect usage or even overuse. As a result, pharmacists play a crucial role in counseling about the use of this type of drug. With this in mind, an observational study – descriptive and transversal - was carried out in 15 community pharmacies in Guarda, Castelo Branco, Coimbra, Vilar Formoso, Vila Nova de Foz Côa and Lisbon. The objective of the study was to determine the use of laxatives in the Portuguese population as well as the role of the pharmacist in giving advice about them. The sample size corresponds to 387 people who responded to a survey created to obtain the information for this study. The statistical treatment was descriptive and inferential. Of the total sample, 267 (69%) of those responding are female and 120 (31%) are male. The average age 51 with a mode of 43; the highest percentage of those who reported having a bowel movement just once a week are in the age bracket of 65 years or older. As for the use of laxatives, 65% reported having taken them at some time while 68% claimed not to be taking any laxatives at the time. The ongoing use of laxatives was most common for those in the age bracket of 65 years or older and over the course of a number of years. Contrary to these long-term users, those who only used them for a day did not report any adverse effects. The most common brand in this study was Dulcolax®, with most reporting a combined use of laxatives with other pharmaceutical products, primarily benzodiazepines and antidepressives, especially in women. As for the role of the pharmacist in giving advice, 66% reported that pharmacists do inform them about the appropriate use of the laxative. Nevertheless, other equally important types of information, such as adopting a healthy life style, taking laxatives as a temporary solution for constipation and the consequences of overusing laxatives, were less common pieces of advice offered by the pharmacists when serving the patient/customer.Silvestre, Samuel MartinsuBibliorumRosa, Cláudia Sofia Teixeira2018-07-20T15:56:07Z2015-6-182015-07-172015-07-17T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5281TID:201644452porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:42:59Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5281Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:13.883590Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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