CRIOPRESERVAÇÃO OVOCITÁRIA: CONSEQUÊNCIAS OBSTÉTRICAS, FETAIS E PERINATAIS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nogueira, João Pedro de Almeida
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10316/116010
Resumo: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
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The ideal number of oocytes to cryopreserve is still debatable, but the age group that is most cost-effective and maximum efficient is between 32 and 37 years old. Regarding the success of this technique, with the notable advances, it is now possible to have oocyte survival, fertilization, implantation, and clinical pregnancy rates similar to techniques that use fresh oocytes. The oocyte bank represents an added value for many women; however, donated oocytes may be associated with low birth weight and a greater risk of high blood pressure during pregnancy.Compared to the use of fresh oocytes, the use of cryopreserved oocytes appears to have no statistically significant differences in the obstetric, fetal, and perinatal consequences assessed: preterm birth, cesarean section rate, hypertension during pregnancy, placenta previa, gestational diabetes, miscarriage rate spontaneous, low birth weight, macrosomia, APGAR score, congenital malformations, hospitalizations, and physical and mental development. The only thing that stands out is a possible superiority of oocyte cryopreservation in relation to the incidence of twin pregnancies.As it is a complex topic and has recently been the subject of greater evaluation, the results of studies are still very divergent, which affects the quality of scientific evidence.Therefore, it is an area with a lot of potential and is seen as the future of reproductive medicine.A infertilidade é um problema grave de saúde pública, com perturbações a nível do bem-estar individual e familiar, afetando cerca de 17,5% dos casais em idade reprodutiva, tendo uma incidência e prevalência crescentes. Neste contexto, torna-se imperativo debater a criopreservação ovocitária, que tem vindo a ter melhores resultados e maiores taxas de adesão, e abordar as suas repercussões na saúde materna, fetal e perinatal.Atualmente, a criopreservação ovocitária permite à mulher preservar a sua fertilidade por razões médicas ou de forma eletiva. O número de ovócitos ideal para criopreservar ainda é discutível, mas a faixa etária que adquire mais custo-benefício e eficiência máxima é entre os 32 e os 37 anos. Relativamente ao sucesso desta técnica, com os notáveis avanços, já é possível ter taxas de sobrevivência ovocitária, de fertilização, de implantação e de gravidez clínica semelhantes a técnicas que usam ovócitos a fresco. O banco de ovócitos representa uma mais-valia para muitas mulheres. Contudo, os ovócitos doados podem estar associados a baixo peso à nascença e maior risco de hipertensão arterial durante a gravidez.Comparativamente ao uso de ovócitos a fresco, a utilização de ovócitos criopreservados parece não ter diferenças estatisticamente significativas nas consequências obstétricas, fetais e perinatais avaliadas: parto pré-termo, taxa de cesariana, hipertensão arterial na gravidez, placenta prévia, diabetes gestacional, taxa de aborto espontâneo, baixo peso à nascença, macrossomia, índice de APGAR, malformações congénitas, hospitalizações e desenvolvimento físico e mental. Destaca-se apenas uma possível superioridade da criopreservação ovocitária relativamente à diminuição da incidência de gravidez gemelar.Por ser um tema complexo e estar recentemente a ser alvo de maior atenção, os resultados dos estudos são ainda controversos, o que condiciona a qualidade da evidência científica.Assim, é uma área com muito potencial e apontada como o futuro da medicina da reprodução.2024-06-122025-12-04T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttps://hdl.handle.net/10316/116010https://hdl.handle.net/10316/116010TID:203674049porNogueira, João Pedro de Almeidainfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-09-10T01:31:44Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/116010Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-09-10T01:31:44Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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