Análise da performance no futsal: a influência das linhas de pressão do adversário

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pacheco, Manuel Filipe Samagaio de Sousa
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/3504
Resumo: Neste estudo procurou-se saber, de que forma a posição das linhas de pressão do adversário, moldam a forma de jogar duma equipa de Futsal, por meio de análise de redes sociais (social network). Deste modo, analisamos 6 jogos de duas equipas, Portugal e Espanha, no decorrer do Europeu de Futsal de 2011. Foram seleccionadas 113 sequências de finalização de ambas as equipas das quais 57 acções de Portugal, sendo que estas foram subdivididas , de acordo com a proposta em relação à linha defensiva do adversário, i.e. em 34 ações nas linha 1 e 2 e 23 ações nas linhas 3 e 4. Da selecção Espanhola, registaram-se 56 ações sendo que 29 foram identificadas nas linha 1 e 2 e as restantes 27 nas linhas 3 e 4. O campo foi dividido em 12 zonas e as linhas de pressão em dois grupos, Linha 1 e 2 (bloco alto) e Linha 3 e 4 (bloco baixo). Para a análise de rede, foi utilizando o software SocNetV 0,81. As variáveis centralidade de intermediação (% BC) e centralidade de entrada e saída (IDC% e ODC%), foram computados para medir a influência das zonas na rede de fluxo. Os resultados indicaram que contra um bloco alto, a zona com mais BC na Equipa de Portugal foi a zona 5 (21,74%) e a de Espanha a zona 8 (29,6%). Contra um bloco mais baixo, o BC % mais elevado na equipa Portuguesa foi observada foram a zona 4 (21.40%) e a zona 5 (21.20%). Na equipa Espanhola a zona 2 é a que apresenta um valor mais elevado de centralidade de intermediação (26,2%). Os resultados sugerem que as equipas apresentam comportamentos distintos quando a linha de pressão varia, por exemplo as jogadas contra um bloco mais baixo têm maior número de acções. Os resultados também permitiram encontrar diferenças relevantes no padrão de circulação de jogo entre as duas equipas em análise. Usando este tipo de metodologia é possível identificar e quantificar os padrões de jogo de uma equipa, fornecendo dados confiáveis que podem ajudar os treinadores a melhorar o desempenho das suas equipas.
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