Exercício físico no doente renal crónico em hemodiálise

• Autor(a) principal: Castro, Stephanie Morais
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/50186
• topic: Enfermagem em nefrologia; Insuficiência renal crónica; Exercício físico; Promoção da saúde; Cuidados de enfermagem; Hemodiálise

A doença renal crónica tornou-se num problema de saúde pública em todo o mundo, afetando cerca de 10% da população, morrendo milhões de pessoas todos os anos. É importante a sua deteção precoce com o objetivo de se aumentar a esperança média de vida com base nas opções terapêuticas existentes. A evolução da doença é lenta e muitas vezes não se manifesta e por vezes os sintomas surgem nos últimos estagios da doença. A doença renal crónica é descrita como as alterações na estrutura ou função renal durante no mínimo três meses. Existe uma perda progressiva e irreversível da função renal em que se inicia uma observação da diminuição da taxa filtração glomerular de 60 ml/min/1,73m2 e/ou uma presença de albumina-creatinina na urina superior ou igual a 30mg/g. Nos primeiros quatro estágios procede-se a um tratamento conservador que visa retardar a progressão da doença e no último estágio, o doente inicia terapia da substituição da função renal com o objetivo de se obter as condições para a sobrevivência do doente. Em Portugal, os dados da SPN de 2021 publicados em 2022 revelam uma prevalência de 2064 pmp, correspondendo a 21357 doentes (doentes em HD, DP, TR e TMC). A maioria dos doentes são sedentários, pela idade avançada, com comorbilidades, pela realização do tratamento, originando um catabolismo acrescido e verificando-se uma deterioração do sistema músculo-esquelético resultando em dificuldades na mobilidade. Estes doentes também apresentam alterações nutricionais que originam perda de massa muscular e fraqueza. Todos estes problemas provocam alterações nas atividades de vida diária dos doentes como consequência existe uma diminuição da sua independência, afetando tanto a sua vida pessoal como profissional. A realização do exercício físico pelo doente renal crónico acarreta imensos benefícios, tais como redução da atrofia muscular, melhoraria da capacidade aeróbia e com isso melhora a tolerância ao esforço. Nestes doentes evidencia-se, uma melhoria nos níveis de pressão arterial, no controlo da diabetes, da saúde mental (verifica-se menos ansiedade e stress), menor risco de desequilíbrio e de quedas e uma melhoria na eficácia dialítica. O desenvolvimento deste relatório teve como objetivo a menção das atividades desenvolvidas para aquisição das competências de enfermeiro especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica, ao longo do 3º semestre curricular do 13º Curso de Pós-Licenciatura e Mestrado em Enfermagem na Área de Especialização em Enfermagem Médico-Cirúrgica, área de intervenção de Enfermagem Nefrológica. Foram relatadas as atividades 5 desenvolvidas no contexto de estágio no cuidado ao doente renal crónico em terapia de substituição da função renal e a pesquisa por Revisão Scoping com o tema: Exercício físico no doente renal crónico em hemodiálise - intervenções de enfermagem, com o seguimento das normas de Joanna Briggs Institute, com o objetivo de se desenvolver uma intervenção de enfermagem na promoção da saúde do doente.