Padrão clínico e laboratorial de sensibilização a fungos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, A
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Carrapatoso, I, Rodrigues, F, Geraldes, L, Loureiro, C, Chieira, C
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.4/1274
Resumo: Objectivo: Caracterizar clinicamente um grupo de doentes sensibilizados a fungos; comparar os resultados de diferentes testes diagnósticos; e definir um padrão de reactividade a espécies fúngicas comuns numa população de doentes com alergia respiratória. Métodos: Entre os doentes que consecutivamente realizaram testes cutâneos (TC) com bateria de fungos entre 2001 e 2005 (n=304), seleccionaram -se vinte com maior reactividade cutânea a pelo menos um dos seguintes fungos: Alternaria alternata, Aspergillus fumigatus, Candida albicans, Cladosporium herbarum e Penicillium chrysogenum. Para todos os doentes, analisaram -se os processos clínicos e realizaram -se TC, doseamento de IgE especifica (IgE) e immunoblotting (IB) aos cinco fungos mencionados. A concordância dos exames referidos foi avaliada através do coeficiente kappa (κ) de Cohen. Resultados: No grupo de 20 doentes, com idades compreendidas entre os 20 e os 60 anos, 90% apresentavam rinite (55% persistente (P) moderada -grave, 39% P ligeira e 6% intermitente ligeira), 80% asma (56% P moderada, 19% P ligeira e 25% intermitente), 35% sinusite, 5% polipose nasal e 35% conjuntivite. A maioria estava sensibilizada a mais do que um fungo e a outros aeroalergénios. Comparando os resultados dos exames realizados, observou-se uma concordância entre IgE e IB (κ=0,240; p=0,009), mas não entre TC e IgE (κ=0,09; p=0,303) ou TC e IB (κ=0,036; p=0,719). No estudo de IB, foram identificadas proteínas com diferentes pesos moleculares, alguns correspondendo a alergénios já descritos. Conclusões: Este estudo vem reforçar a discordância entre testes in vivo e in vitro na sensibilização a fungos. Mais estudos e melhores extractos alergénicos são necessários. Por enquanto, deve manter-se um elevado índice de suspeição, bem como uma combinação de exames complementares no diagnóstico de alergia a fungos.
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