Surpreendente ousadia do padre Manuel. Bispo de Nampula
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.34632/povoseculturas.2014.8964 |
Resumo: | O Padre Manuel Vieira Pinto, como director do Movimento por um Mundo Melhor, teve intervenção de grande impacto, em Portugal, logo após o encerramento do Concílio Vaticano II. Foi o primeiro grande arauto da renovação conciliar. Na ordem interna da Igreja, promovendo os exercícios espirituais dirigidos a todos os extractos do Povo de Deus (bispos, leigos, religiosos e religiosas, seminaristas e padres). Na esfera ad extra, versando as implicações sociais do Evangelho e da doutrina conciliar no âmbito social, político e económico, ficaram famosas as suas palestras na televisão. Já como Bispo de Nampula, arrastou multidões nas conferências de Maio de 1968 no Pavilhão dos Desportos de Lisboa e no Palácio de Cristal do Porto. Ao chegar a Nampula, em 1967, teve de se confrontar de modo mais imediato do que na metrópole com o problema da guerra colonial e a negação dos direitos do Povo moçambicano, já em armas, à sua legítima autodeterminação. A renovação interna da Igreja, em simultâneo e neste contexto, em clima de aggiornamento conciliar, constituíram as duas pedras de toque que cedo o semearam no coração do povo moçambicano, por um lado, e o fizeram alvo da senha colonialista até à sua expulsão nas vésperas da revolução do 25 de Abril, por outro. Depois da independência de Moçambique, sob o paradigma marxista-leninista, a sua palavra voltou a ouvir-se, sempre com a criatividade e o desassombro de que só a fé profética é capaz. |
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Surpreendente ousadia do padre Manuel. Bispo de NampulaO Padre Manuel Vieira Pinto, como director do Movimento por um Mundo Melhor, teve intervenção de grande impacto, em Portugal, logo após o encerramento do Concílio Vaticano II. Foi o primeiro grande arauto da renovação conciliar. Na ordem interna da Igreja, promovendo os exercícios espirituais dirigidos a todos os extractos do Povo de Deus (bispos, leigos, religiosos e religiosas, seminaristas e padres). Na esfera ad extra, versando as implicações sociais do Evangelho e da doutrina conciliar no âmbito social, político e económico, ficaram famosas as suas palestras na televisão. Já como Bispo de Nampula, arrastou multidões nas conferências de Maio de 1968 no Pavilhão dos Desportos de Lisboa e no Palácio de Cristal do Porto. Ao chegar a Nampula, em 1967, teve de se confrontar de modo mais imediato do que na metrópole com o problema da guerra colonial e a negação dos direitos do Povo moçambicano, já em armas, à sua legítima autodeterminação. A renovação interna da Igreja, em simultâneo e neste contexto, em clima de aggiornamento conciliar, constituíram as duas pedras de toque que cedo o semearam no coração do povo moçambicano, por um lado, e o fizeram alvo da senha colonialista até à sua expulsão nas vésperas da revolução do 25 de Abril, por outro. Depois da independência de Moçambique, sob o paradigma marxista-leninista, a sua palavra voltou a ouvir-se, sempre com a criatividade e o desassombro de que só a fé profética é capaz.Universidade Católica Portuguesa2014-11-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://doi.org/10.34632/povoseculturas.2014.8964oai:ojs.revistas.ucp.pt:article/8964Povos e Culturas; n. Especial (2014): Os católicos e o 25 de Abril; 179-1850873-592110.34632/povoseculturas.2014.nEspecialreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://revistas.ucp.pt/index.php/povoseculturas/article/view/8964https://doi.org/10.34632/povoseculturas.2014.8964https://revistas.ucp.pt/index.php/povoseculturas/article/view/8964/8831Direitos de Autor (c) 2014 José Luzia Gonçalveshttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessGonçalves, José Luzia2022-09-22T16:25:59Zoai:ojs.revistas.ucp.pt:article/8964Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:59:46.217570Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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