Biópsia Mamária Assistida por Vácuo: Papel Diagnóstico e Terapêutico
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25748/arp.25553 |
Resumo: | Introdução A biópsia mamária assistida por vácuo (BAV) pode ter intenção diagnóstica e/ou terapêutica. Este estudo tem como objetivo a correlação imagiológica e anátomo-patológica de lesões submetidas a BAV. Material e Métodos Realizámos um estudo retrospetivo, que incluiu 221 BAV (guiadas por estereotaxia ou ecografia) efetuadas no Instituto Português de Oncologia de Lisboa/IPOLFG, num período de 15 meses. Avaliámos as características imagiológicas e os respetivos diagnósticos anátomo-patológicos na BAV e na peça operatória. Resultados/Discussão Características imagiológicas: microcalcificações (56,1%); nódulos (33%); distorção arquitetural (4,5%); assimetrias de densidade (2,3%). Diagnósticos anátomo-patológicos: lesões benignas (44,8%); lesões de potencial maligno incerto/lesões B3 (22,2%), incluindo 23 papilomas (l0,4%); carcinoma ductal in situ/CDIS (23,5%); carcinoma invasivo sem tipo especial/CI (9,5%). Casos com cirurgia no IPOLFG=31,3%, com os seguintes diagnósticos em BAV: lesões benignas (2,8%); lesões B3 (15,7%); CDIS (54,3%); CI (27,1%). Nas lesões benignas e B3 não observámos upgrade nas peças operatórias. Dos 19 papilomas com follow-up, apenas 1 não foi excisado na BAV. Dos CDIS, 5,2% não tinham lesão residual na peça operatória e verificámos upgrade em 21,1%, metade para carcinoma microinvasivo e metade para CI, 1 com metástase axilar com 3 mm. Nos CI com CDIS na BAV, registámos downgrade em 14,3%, por ausência de invasão na peça operatória. Conclusões A baixa percentagem de casos submetidos a cirurgia pós-BAV comprova a sua eficácia na avaliação de lesões benignas e lesões B3. Nas peças operatórias dos CDIS, verificámos ausência de lesão residual em 5,2% e upgrade em 21,1% casos, em metade destes para carcinoma microinvasivo. |
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Biópsia Mamária Assistida por Vácuo: Papel Diagnóstico e TerapêuticoBiópsia Mamária Assistida por Vácuo: Papel Diagnóstico e TerapêuticoArtigos OriginaisIntrodução A biópsia mamária assistida por vácuo (BAV) pode ter intenção diagnóstica e/ou terapêutica. Este estudo tem como objetivo a correlação imagiológica e anátomo-patológica de lesões submetidas a BAV. Material e Métodos Realizámos um estudo retrospetivo, que incluiu 221 BAV (guiadas por estereotaxia ou ecografia) efetuadas no Instituto Português de Oncologia de Lisboa/IPOLFG, num período de 15 meses. Avaliámos as características imagiológicas e os respetivos diagnósticos anátomo-patológicos na BAV e na peça operatória. Resultados/Discussão Características imagiológicas: microcalcificações (56,1%); nódulos (33%); distorção arquitetural (4,5%); assimetrias de densidade (2,3%). Diagnósticos anátomo-patológicos: lesões benignas (44,8%); lesões de potencial maligno incerto/lesões B3 (22,2%), incluindo 23 papilomas (l0,4%); carcinoma ductal in situ/CDIS (23,5%); carcinoma invasivo sem tipo especial/CI (9,5%). Casos com cirurgia no IPOLFG=31,3%, com os seguintes diagnósticos em BAV: lesões benignas (2,8%); lesões B3 (15,7%); CDIS (54,3%); CI (27,1%). Nas lesões benignas e B3 não observámos upgrade nas peças operatórias. Dos 19 papilomas com follow-up, apenas 1 não foi excisado na BAV. Dos CDIS, 5,2% não tinham lesão residual na peça operatória e verificámos upgrade em 21,1%, metade para carcinoma microinvasivo e metade para CI, 1 com metástase axilar com 3 mm. Nos CI com CDIS na BAV, registámos downgrade em 14,3%, por ausência de invasão na peça operatória. Conclusões A baixa percentagem de casos submetidos a cirurgia pós-BAV comprova a sua eficácia na avaliação de lesões benignas e lesões B3. Nas peças operatórias dos CDIS, verificámos ausência de lesão residual em 5,2% e upgrade em 21,1% casos, em metade destes para carcinoma microinvasivo.Background Vacuum-assisted breast biopsy (VAB) plays a diagnostic and therapeutic role. This study aims at the imaging and anatomopathological correlation of lesions submitted to VAB. Material and methods We carried out a retrospective study, which included 221 BAV (guided by stereotaxis or ultrasound) performed at Portuguese Institute of Oncology in Lisbon (IPOLFG) during 15 months. We reviewed the imaging characteristics of the lesions, the respective anatomopathological diagnoses in VAB and in available surgical specimens. Results / Discussion Imaging characteristics: microcalcifications(60,2%); nodules(33%); architectural distortion(4.5%) and density asymmetries(2.3%). Anatomopathological diagnosis: benign lesions(44.8%); lesions of uncertain malignant potential/B3 lesions(22.2%), including 23 papillomas(10.4%); ductal carcinomas in situ/DCIS(23.5%); DCIS(38-54.3%);invasive carcinoma not otherwise specified/IC(9.5%). Cases submitted to surgery at IPOLFG=31.3% with the respective VAB diagnosis: benign lesions(2,8%); B3 lesions(15.7%); DCIS(38-54.3%); CI(27.1%). In benign and B3 lesions we didn`t found upgrade in surgical specimens. Of the 19 papillomas with follow-up, only 1 was not completely excised with BAV. Of the DCIS, 5.2% had no residual lesion in the surgical specimen and we identified upgrade in 21,1%, half for microinvasive carcinoma and half for IC, one with a 3 mm axillary metastasis. When coexistence of IC and CDIS in BAV, we registered downgrade in 14.3% (no invasion in surgical specimen). Conclusions The low percentage of cases submitted to surgery post-VAB proves its efficacy in benign lesions and B3 lesions. In DCIS submitted to surgery at IPOLFG, we verified no residual tumor in 5.2% and upgrade in 21,1% of the cases, in half for microinvasive carcinoma.SPRMN2022-01-13T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25748/arp.25553por2183-13512183-1351Frade Santos, SofiaFreire, GonçaloDoutel, DelfimAndré, SaudadeMarques, José Carlosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-22T16:27:23Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/25553Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:00:05.739147Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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