Infecções Urinárias na Criança: 5 anos de Dados clínicos e microbiológicos
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132010000600001 |
Resumo: | Introdução: O diagnóstico precoce das infecções urinárias em crianças e a terapêutica empírica adequada são fundamentais na prevenção de futuras complicações. Objectivos: caracterizar a população de crianças internadas por pielonefrite aguda (PNA), avaliando a adequação da abordagem terapêutica e do estudo imagiológico face à evidência científica actual. Métodos: Estudo descritivo e retrospectivo através da consulta do processo clínico de crianças do Departamento da Mulher, da Criança e do Jovem do Hospital Pedro Hispano com o diagnóstico de PNA. Recolheram-se dados demográficos, método de colheita de urina, agente da PNA e respectiva sensibilidade aos antibióticos, terapêutica e estudo imagiológico. Resultados: Registaram-se 348 casos de PNA, cujo agente etiológico foi a Escherichia coli em 77,6%. A sensibilidade global da amostra à amoxicilina/ácido clavulânico foi de 78,3%. Em crianças sem nefro-uropatia conhecida, a alteração imagiológica mais frequente foi o refluxo vesico-ureteral (RVU) (23,2%), seguido das alterações ecográficas (20,2%) e das cicatrizes renais (13,3%). Conclusões: A Escherichia coli foi o principal agente de PNA, sendo a antibioticoterapia empírica determinada pelo seu perfil de sensibilidade. A evolução clínica foi boa com a amoxicilina/ácido clavulânico. A colheita de urina por cateterismo vesical reduz os agentes contaminantes. Face à prevalência de nefro-uropatias encontradas, é importante que existam normas orientadoras para a avaliação imagiológica após o primeiro episódio de PNA. A ecografia mostrou-se desnecessária na fase aguda de pielonefrite, mas é importante no seguimento. A ausência de Dilatação Pielo-calicial (DPC) na ecografia exclui com alguma segurança a presença de RVU de grau moderado/grave. A presença de RVU não significa necessariamente lesão renal. |
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