A Matriz Input-Output da região Alentejo: Alguns aspectos descritivos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/16885 |
Resumo: | O objectivo deste artigo consiste em fazer a apresentação geral da matriz Input-Output para a região Alentejo (MIO-Alentejo), e simultaneamente fazer referência a alguns resultados mais gerais. Com ele iniciamos uma série de pequenas notas mais específicas sobre a MIO-Alentejo, com o propósito de caracterizar a estrutura da produção, da procura final e da formação do valor acrescentado. Para além disso, é também nosso propósito ilustrar o potencial que este instrumento tem no processo de planeamento regional, e em particular na elaboração, implementação e avaliação de políticas públicas regionais. A inexistência para região Alentejo de um quadro de relações intersectoriais que espelhasse com rigor o quadro de interacções entre a produção, a procura final e a remuneração dos factores produtivos era uma lacuna antiga da região. Essa circunstância dificultava a possibilidade de conhecer, analisar e agir de forma global, desagregada e integrada sobre o complexo sistema económico regional. Foi essa lacuna e a consciência de que era necessário a região dispor de um instrumento de análise de equilíbrio geral baseado no quadro de relações intersectoriais que motivou a criação de uma parceria entre a Universidade de Évora, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR-Alentejo) e o Instituto Nacional de Estatística (INE). Dessa parceria nasceu a matriz Input-Output para a região Alentejo. A matriz Input-Output (MIO) é um instrumento fundamental quer para a caracterização da estrutura económica dos espaços económicos a que se refere (sejam eles nacionais, regionais ou locais), através das relações de interdependência sectorial e dos preços, quer para a análise das assimetrias regionais. Para além disso, a matriz serve ainda de suporte à modelização, constituindo-se um poderoso instrumento de apoio à definição de políticas de desenvolvimento (nacional, regional ou local), da sua implementação e avaliação de impactos (de política ou de outros). A MIO baseia-se no pressuposto da existência de interações de equilíbrio estrutural entre três subsistemas (ou quadrantes): o sistema produtivo (ou tecnológico), os fatores produtivos, ditos primários, e os utilizadores finais (da produção). Numa matriz input-output de natureza regional, o primeiro quadrante mostra as interacções sectoriais de produção da região. O segundo quadrante reflete as vendas/compras de cada produto destinadas a satisfazer cada componente da procura final. O terceiro quadrante revela o subsistema da utilização e consequente valorização dos fatores primários. A informação estatística utilizada teve origem no INE e no Departamento de Prospectiva e Planeamento e Relações Internacionais do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território (DPP). Esta informação deu origem aos três quadrantes da matriz. A matriz está valorada a preços de 2008, ano mais recente para o qual o INE dispõe de valores definitivos e coincidentes com o ano base da MIO. A MIO é simétrica no sentido que se assume que cada ramo produz um único produto, e está desagregada em 38 produtos. Estão disponíveis duas versões da matriz: a versão designada de “Produção regional”, em que as importações (do exterior e das outras regiões) estão isoladas e a versão “Fluxos totais”, em que as importações totais estão distribuídas por cada produto. |
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