Henry David Thoreau e os fins da vida em Vida sem Princípios
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/37457 |
Resumo: | Confrontado com as alterações do seu tempo, com uma rápida passagem de um mundo agrícola para um industrial, com todas as implicações políticas e sociais que isto implica na jovem república americana, Henry David Thoreau propõe uma revisão dos valores que sempre deverão governar (ou mesmo, gerir se atendermos à etimologia da palavra economia) a vida. Thoreau definine aquilo que realmente deverá importar para a obtenção, diríamos, de uma vida bem vivida propondo uma vida frugal desligada de todo materialismo e de todas as paixões. É à elaboração do ensaio Uma vida sem princípios que Thoreau dedicará uma boa parte da sua vida, retocando-o aqui e além, quando quer que a sua vida, sendo perante tudo experiência, lhe ia dando a maturidade e sageza suficientes para se afirmar nas suas convicções. Sem dúvida é mais um manifesto, tal como Walden, das virtudes de uma vida simples e frutífera. Para isso, analisará o valor da vida, como único bem autêntico do ser humano, um bem a desenvolver, o que o levará a concluir que a vida deverá ser cultivada para atingir bens superiores, aqueles que fazem melhorar o ser humano como tal. É, nesse sentido, uma proclamação de independência do ser humano frente ao trabalho escravizador que em nada contribui para a formação, para a constituição de um ser humano pleno. Politicamente, Thoreau proclamará a superioridade moral de qualquer indivíduo frente ao poder avassalador e crescente do estado. O presente trabalho tratará de pôr em perspectiva alguns dos aspectos mais relevantes do ensaio Vida sem princípios e de salientar as expressões do inconformismo de Thoreau para com um tipo de sociedade avassaladora e destruidora que se impõe com uma inércia de inevitabilidade. |
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Henry David Thoreau e os fins da vida em Vida sem PrincípiosTranscendentalismoTranscendentalismEducaçãoEconomiaIndividualismNon-conformismEconomyConfrontado com as alterações do seu tempo, com uma rápida passagem de um mundo agrícola para um industrial, com todas as implicações políticas e sociais que isto implica na jovem república americana, Henry David Thoreau propõe uma revisão dos valores que sempre deverão governar (ou mesmo, gerir se atendermos à etimologia da palavra economia) a vida. Thoreau definine aquilo que realmente deverá importar para a obtenção, diríamos, de uma vida bem vivida propondo uma vida frugal desligada de todo materialismo e de todas as paixões. É à elaboração do ensaio Uma vida sem princípios que Thoreau dedicará uma boa parte da sua vida, retocando-o aqui e além, quando quer que a sua vida, sendo perante tudo experiência, lhe ia dando a maturidade e sageza suficientes para se afirmar nas suas convicções. Sem dúvida é mais um manifesto, tal como Walden, das virtudes de uma vida simples e frutífera. Para isso, analisará o valor da vida, como único bem autêntico do ser humano, um bem a desenvolver, o que o levará a concluir que a vida deverá ser cultivada para atingir bens superiores, aqueles que fazem melhorar o ser humano como tal. É, nesse sentido, uma proclamação de independência do ser humano frente ao trabalho escravizador que em nada contribui para a formação, para a constituição de um ser humano pleno. Politicamente, Thoreau proclamará a superioridade moral de qualquer indivíduo frente ao poder avassalador e crescente do estado. O presente trabalho tratará de pôr em perspectiva alguns dos aspectos mais relevantes do ensaio Vida sem princípios e de salientar as expressões do inconformismo de Thoreau para com um tipo de sociedade avassaladora e destruidora que se impõe com uma inércia de inevitabilidade.Confronted with a rapidly changing world, a fast paced transition from an agricultural society to an industrial one, with all the implications that such a change would bring along for the young American Republic, Henry David Thoreau proposes a revision of the values that should always command or, actually, “manage” life (if any attention is to be paid to the etymology of the word economy). Thoreau defines what should be considered as essential to finally attain, what we may term as, a well lived life: a frugal life detached from all materialism and from all passions. To the elaboration of Life without Principle Thoreau dedicated a good portion of his life. It is a work that accompanied Thoreau during his lifetime and to which he made alterations, whenever life, understood as experience, provided him with enough maturity and understanding to verbalize his convictions. Without any doubt, Life without Principle is one manifesto, as much as Walden, on the virtues of a simple and fructiferous life. Thoreau will analyze the value of life, as the only authentic good, a good to be acknowledged and nurtured, something that will lead him to conclude that life must be cultivated in order to achieve superior gains, those that will improve human beings as such. It is, after all, a proclamation of independence of humanity from the ostensibly pointless work enslaving human beings in unprecedented ways and constituting an impediment to the strengthening of a full grown humankind. Politically, Thoreau will proclaim the need for the recognition of the moral superiority of any human being in confrontation with the all-encompassing, dominating power of the State. The present essay will put into perspective some of the most relevant issues in Life without Principle and will highlight the different expressions of non-conformism apparent in Thoreau’s thought regarding a destructive assailing society which imposed itself through the inertia of inevitability.Universidade do MinhoCosta, Jaime20152015-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/37457porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:49:35Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/37457Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:48:04.969490Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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