Percursos de vida e perspectiva de morte em idosos com risco de suicídio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Ana Sofia Romão
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/13690
Resumo: O suicídio e os comportamentos suicidários são um problema de saúde pública e representam anualmente cerca de um milhão de mortes (Daolio & Silva, 2009, citado por Costa 2013), prevendo-se que este número aumente para 1,5 milhões em 2020 (Costa, 2010, citado por Costa, 2013). No entanto McAuliffe (2002) refere que é comummente aceite na literatura científica que a ideação suicida é um fenómeno mais frequente que os comportamentos suicidas. Mas tal como Oliveira acrescenta (2003) a ideação suicida nem sempre se torna no ato efetivo, por vezes passa apenas por pensamentos, desejos, sentimentos ou planos de autodestruição. O extremo sofrimento, desalento e a insatisfação levam a uma sensação de fracasso, que fazem acreditar no suicídio como a única solução para a resolução de tamanho mal-estar (Sampaio, 2006). De acordo com Saraiva (2006) numa fase da vida avançada em que a situação de dependência a vários níveis vai aumentando, o suicídio surge como uma libertação da condição de decadência, dependência e fragilidade. Deste modo, este estudo teve como objetivo dar um contributo para aumentar o conhecimento sobre as questões relativas a este tema, o suicídio. Nomeadamente na perspetiva de pessoas que apresentam risco de ideação suicida. Procura-se sobretudo perceber de que forma o percurso de vida e a forma como a pessoa encara esse percurso poderão influenciar as questões relativas à ideação suicida. Foi realizado um estudo qualitativo junto de idosos institucionalizados. Visto que se pretendia realizar este estudo em idosos com ideação suicida foi necessário aplicar o Questionário de Ideação Suicida (QIS) que é a versão portuguesa do Suicide Ideation Questionnaire, elaborado originalmente por Reynolds e traduzido por Ferreira e Castela (Moreira, 2010). Os resultados do questionário permitiram-nos selecionar três pessoas que fizeram parte da presente investigação, visto serem as que apresentavam risco de ideação suicida. Para recolha de dados aplicou-se uma entrevista semi-estrutura em que se explorou o percurso de vida dos participantes. Desta entrevista resultaram um conjunto de dados importantes, pois apesar de se tratarem de três percursos de vida completamente distintos, têm pontos em comum que nos fazem refletir sobre a relação entre percurso de vida e as questões relacionadas com o suicídio. Fatores emocionais, físicos, sociofamiliares, as perdas e a própria situação de dependência contribuem para uma maior fragilidade do individuo colocando-o em risco.
id RCAP_b03fb10bfd2fcec4fd7130b38ed0321a
oai_identifier_str oai:recipp.ipp.pt:10400.22/13690
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Percursos de vida e perspectiva de morte em idosos com risco de suicídioIdososSuicídioO suicídio e os comportamentos suicidários são um problema de saúde pública e representam anualmente cerca de um milhão de mortes (Daolio & Silva, 2009, citado por Costa 2013), prevendo-se que este número aumente para 1,5 milhões em 2020 (Costa, 2010, citado por Costa, 2013). No entanto McAuliffe (2002) refere que é comummente aceite na literatura científica que a ideação suicida é um fenómeno mais frequente que os comportamentos suicidas. Mas tal como Oliveira acrescenta (2003) a ideação suicida nem sempre se torna no ato efetivo, por vezes passa apenas por pensamentos, desejos, sentimentos ou planos de autodestruição. O extremo sofrimento, desalento e a insatisfação levam a uma sensação de fracasso, que fazem acreditar no suicídio como a única solução para a resolução de tamanho mal-estar (Sampaio, 2006). De acordo com Saraiva (2006) numa fase da vida avançada em que a situação de dependência a vários níveis vai aumentando, o suicídio surge como uma libertação da condição de decadência, dependência e fragilidade. Deste modo, este estudo teve como objetivo dar um contributo para aumentar o conhecimento sobre as questões relativas a este tema, o suicídio. Nomeadamente na perspetiva de pessoas que apresentam risco de ideação suicida. Procura-se sobretudo perceber de que forma o percurso de vida e a forma como a pessoa encara esse percurso poderão influenciar as questões relativas à ideação suicida. Foi realizado um estudo qualitativo junto de idosos institucionalizados. Visto que se pretendia realizar este estudo em idosos com ideação suicida foi necessário aplicar o Questionário de Ideação Suicida (QIS) que é a versão portuguesa do Suicide Ideation Questionnaire, elaborado originalmente por Reynolds e traduzido por Ferreira e Castela (Moreira, 2010). Os resultados do questionário permitiram-nos selecionar três pessoas que fizeram parte da presente investigação, visto serem as que apresentavam risco de ideação suicida. Para recolha de dados aplicou-se uma entrevista semi-estrutura em que se explorou o percurso de vida dos participantes. Desta entrevista resultaram um conjunto de dados importantes, pois apesar de se tratarem de três percursos de vida completamente distintos, têm pontos em comum que nos fazem refletir sobre a relação entre percurso de vida e as questões relacionadas com o suicídio. Fatores emocionais, físicos, sociofamiliares, as perdas e a própria situação de dependência contribuem para uma maior fragilidade do individuo colocando-o em risco.Portugal, PaulaViana, JoãoRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoNunes, Ana Sofia Romão2020-05-02T00:30:28Z2019-022019-02-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/13690TID:202242927porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T12:55:28Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/13690Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:33:31.842289Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Percursos de vida e perspectiva de morte em idosos com risco de suicídio
title Percursos de vida e perspectiva de morte em idosos com risco de suicídio
spellingShingle Percursos de vida e perspectiva de morte em idosos com risco de suicídio
Nunes, Ana Sofia Romão
Idosos
Suicídio
title_short Percursos de vida e perspectiva de morte em idosos com risco de suicídio
title_full Percursos de vida e perspectiva de morte em idosos com risco de suicídio
title_fullStr Percursos de vida e perspectiva de morte em idosos com risco de suicídio
title_full_unstemmed Percursos de vida e perspectiva de morte em idosos com risco de suicídio
title_sort Percursos de vida e perspectiva de morte em idosos com risco de suicídio
author Nunes, Ana Sofia Romão
author_facet Nunes, Ana Sofia Romão
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Portugal, Paula
Viana, João
Repositório Científico do Instituto Politécnico do Porto
dc.contributor.author.fl_str_mv Nunes, Ana Sofia Romão
dc.subject.por.fl_str_mv Idosos
Suicídio
topic Idosos
Suicídio
description O suicídio e os comportamentos suicidários são um problema de saúde pública e representam anualmente cerca de um milhão de mortes (Daolio & Silva, 2009, citado por Costa 2013), prevendo-se que este número aumente para 1,5 milhões em 2020 (Costa, 2010, citado por Costa, 2013). No entanto McAuliffe (2002) refere que é comummente aceite na literatura científica que a ideação suicida é um fenómeno mais frequente que os comportamentos suicidas. Mas tal como Oliveira acrescenta (2003) a ideação suicida nem sempre se torna no ato efetivo, por vezes passa apenas por pensamentos, desejos, sentimentos ou planos de autodestruição. O extremo sofrimento, desalento e a insatisfação levam a uma sensação de fracasso, que fazem acreditar no suicídio como a única solução para a resolução de tamanho mal-estar (Sampaio, 2006). De acordo com Saraiva (2006) numa fase da vida avançada em que a situação de dependência a vários níveis vai aumentando, o suicídio surge como uma libertação da condição de decadência, dependência e fragilidade. Deste modo, este estudo teve como objetivo dar um contributo para aumentar o conhecimento sobre as questões relativas a este tema, o suicídio. Nomeadamente na perspetiva de pessoas que apresentam risco de ideação suicida. Procura-se sobretudo perceber de que forma o percurso de vida e a forma como a pessoa encara esse percurso poderão influenciar as questões relativas à ideação suicida. Foi realizado um estudo qualitativo junto de idosos institucionalizados. Visto que se pretendia realizar este estudo em idosos com ideação suicida foi necessário aplicar o Questionário de Ideação Suicida (QIS) que é a versão portuguesa do Suicide Ideation Questionnaire, elaborado originalmente por Reynolds e traduzido por Ferreira e Castela (Moreira, 2010). Os resultados do questionário permitiram-nos selecionar três pessoas que fizeram parte da presente investigação, visto serem as que apresentavam risco de ideação suicida. Para recolha de dados aplicou-se uma entrevista semi-estrutura em que se explorou o percurso de vida dos participantes. Desta entrevista resultaram um conjunto de dados importantes, pois apesar de se tratarem de três percursos de vida completamente distintos, têm pontos em comum que nos fazem refletir sobre a relação entre percurso de vida e as questões relacionadas com o suicídio. Fatores emocionais, físicos, sociofamiliares, as perdas e a própria situação de dependência contribuem para uma maior fragilidade do individuo colocando-o em risco.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-02
2019-02-01T00:00:00Z
2020-05-02T00:30:28Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.22/13690
TID:202242927
url http://hdl.handle.net/10400.22/13690
identifier_str_mv TID:202242927
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131427767320576