“O moinho do meu avô!”

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tacheiro, César Miguel do Adro
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/6532
Resumo: Num concelho com um riquíssimo e diversificado Património cultural mas que com o passar do tempo cai em esquecimento há a necessidade de chamar a atenção à população em geral, e às entidades responsáveis para a necessidade de preservar, restaurar, reabilitar, divulgar e/ou dar a conhecer, em prol do bem-estar das populações locais, todas as estruturas cuja situação, estado de conservação ou raridade, o justifiquem. Falamos de um concelho (Valpaços) com 130 moinhos de rodízio, em que apenas alguns, poucos, não podem ser visitados, ou porque se encontram totalmente destruídos ou, e principalmente, porque os acessos são absolutamente impraticáveis, depois de dezenas de anos de abandono em ambiente extremamente agressivo. Abandonados pelos Homens que deles fizeram, quantas vezes, o seu ganha-pão rapidamente entraram em decadência, as paredes e telhados ruíram e a vegetação apoderou-se de todo o espaço por completo, todos os acessos, por vezes estreitos carreiros junto de precipícios naturais. E, “como um mal nunca vem só” rapidamente surgiram, após este abandono, os angariadores de “despojos” dos vencidos nesta batalha inglória das tecnologias, que destruíram, mutilaram e roubaram tudo aquilo que lhes interessava para ornamentar a esplanada ou o jardim da sua vivenda. Numa atividade que rematou todo o negativo processo que acabou de ser referido. Interessa, portanto, dar, assim, uso a este passado arquitetónico como património, rejuvenescê-lo, e reutilizá-lo, reatribuindo-lhe funções e atratividade/dignidade e associando-o, se possível, a uma fonte de dinamização social e de rendimento económico, designadamente, através do turismo rural, potenciando estes espaços naturais, hoje esquecidos. Habitar é a chave, habitar estes moinhos, estas ruínas que podem ser transformadas em habitações periódicas de dimensões mínimas, sendo essencial que os arquitetos adotem técnicas e conceitos adequados para proporcionar o conforto e condições de vida necessários, otimizando esses espaços, mantendo a memória do local, um local distante, diferente, de abrigo e longe de toda a complexidade que compõe os grandes centros urbanos.
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Abandonados pelos Homens que deles fizeram, quantas vezes, o seu ganha-pão rapidamente entraram em decadência, as paredes e telhados ruíram e a vegetação apoderou-se de todo o espaço por completo, todos os acessos, por vezes estreitos carreiros junto de precipícios naturais. E, “como um mal nunca vem só” rapidamente surgiram, após este abandono, os angariadores de “despojos” dos vencidos nesta batalha inglória das tecnologias, que destruíram, mutilaram e roubaram tudo aquilo que lhes interessava para ornamentar a esplanada ou o jardim da sua vivenda. Numa atividade que rematou todo o negativo processo que acabou de ser referido. Interessa, portanto, dar, assim, uso a este passado arquitetónico como património, rejuvenescê-lo, e reutilizá-lo, reatribuindo-lhe funções e atratividade/dignidade e associando-o, se possível, a uma fonte de dinamização social e de rendimento económico, designadamente, através do turismo rural, potenciando estes espaços naturais, hoje esquecidos. Habitar é a chave, habitar estes moinhos, estas ruínas que podem ser transformadas em habitações periódicas de dimensões mínimas, sendo essencial que os arquitetos adotem técnicas e conceitos adequados para proporcionar o conforto e condições de vida necessários, otimizando esses espaços, mantendo a memória do local, um local distante, diferente, de abrigo e longe de toda a complexidade que compõe os grandes centros urbanos.In a municipality with a very rich and diversified cultural patrimony which, has time goes by, becomes less noticed by the population, there is a need to draw the attention of the responsible entities and the inhabitants in general to preserve, restore, rehabilitate and advertise, keeping in mind the populace’s well-being, all the structures whose situation, preservation state or rarity justify it. We are talking about one hundred and thirty horizontal-wheeled watermills (in Valpaços county). Some of these, few, cannot be visited because they are completely destroyed or, and especially, because they are inaccessible, due to decades of neglect in a hostile environment. Abandoned by the Men who made them their source of profit, these mills quickly became run-down, the walls and roofs fell down, and the vegetation took over the entire space, covered the accesses, some of which were narrow lanes next to natural steep slopes. To top it all, collectors of spoils of the defeated in these technologies inglorious battle quickly arose. They destroyed and made off with whatever was of their interest to decorate their houses yards. It is of the utmost interest to give use to this architectural past as patrimony, to renew and reutilise it, attributing not just function but attractiveness and dignity to these mills, associating the structures, if possible, to a source of social dynamism and make them economically advantageous through, for instance, rural tourism, boosting, in this way, the potential of the natural dwellings where the mills are found, and that for now, lie forgotten. Inhabit is the key, inhabit these mills, these ruins which can be transformed into periodic habitations of minimal dimensions. Here, it is essential that architects adopt adequate techniques and concepts in order to provide the comfort and life conditions required, optimising those spaces, keeping the places identity, a distant place, different, of shelter, and away from all complexity that characterises the large urban areas.Coelho, António Julio Marques BaptistaGomes, Luís Manuel FerreirauBibliorumTacheiro, César Miguel do Adro2018-11-28T16:17:50Z2016-4-272016-06-072016-06-07T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/6532TID:201771039porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-27T12:20:00Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/6532Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-27T12:20Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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