Tradução literária: análise da evolução das escolhas tradutórias na obra de Balzac, Le père Goriot para português brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Raquel Guedes de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/51824
Resumo: A tradução literária comparada não pode ser avaliada de maneira singela, eis que ela se apresenta como um produto de questões interdisciplinares. Diante disso, o presente trabalho propõe-se a comparar as origens históricas e culturais, das adversidades que permeiam a tradução literária, nomeadamente, aos obstáculos encontrados em quatro traduções de diferentes décadas, para o português brasileiro, referentes ao texto objeto de análise, Le père Goriot de Honoré de Balzac. A fim de embasar o cotejo analítico das obras, faz-se essencial a análise da evolução da Tradução Literária, que em seu primeiro momento se confunde com a história da Tradução e dos Estudos da Tradução. Assim, serão abordadas as origens históricas da tradução que teve como início a tentativa de dominação e comunicação. Possuindo base essencialmente empírica e pragmática, a teoria da tradução derivou de uma perspectiva teórica-científica e culminou na conjugação de todas as metodologias, desaguando nas diferentes abordagens contemporâneas. É fato que da teoria da tradução exsurge o paradigma exordial literal vs sentido. Neste contexto, o primeiro capítulo aborda esta dualidade, ressaltando suas nuances durante os diversos períodos, seus influxos na formação dos Estudos da Tradução, até as teorias tradutórias contemporâneas. Ressalta-se que, independentemente do processo tradutório a ser utilizado, faz-se mister o conhecimento de suas raízes, princípios e fundamentos. Conquanto os Estudos da Tradução terem sido legitimados como disciplina autônoma somente na década de 70, a tradução de livros literários remete-nos a períodos pretéritos. Seu recente albergue científico, assim como o seu antigo embasamento pragmático, perfazem a impossibilidade de se relegar os elementos que gravitam ao redor do texto (cultura), durante o processo tradutório, ocasionando, ainda, maior prestígio ao ofício de tradutor. O que à primeira vista parece-nos evidente, foram, porém, necessárias diferentes metodologias e abordagens ao longo dos séculos, para que se pudesse valorizar efetivamente a figura do tradutor, da tradução como disciplina autônoma, e da cultura inerente à obra de partida (e até mesmo de chegada). Também serão apresentados neste capítulo outros ensinamentos, entre os quais, os de Susan Bassnett que, colaciona em sua obra diferentes teorias e abordagens, tais como, as questões referentes a decodificação e recodificação, às perdas e ganhos a depender das opções do tradutor, entre outras. De mais a mais, o conceito de cultura e o papel do tradutor revelam-se ainda mais significativos no que concerne às traduções literárias. Isso porque, as obras literárias por si só possuem características singulares que as tornam heterogêneas se comparadas aos demais textos. São o corolário de um complexo sistema que envolve duas línguas, duas culturas e duas tradições literárias, além de possuir elementos linguísticos e extralinguísticos essenciais ao entendimento orgânico da obra. Nesse sentido, ainda no primeiro capítulo, serão abordadas diferentes teorias que solidificam as peculiaridades inerentes à tradução literária. Partindo dos princípios fundantes das teorias da tradução e da tradução literária, resta notória a importância da análise dos elementos culturais da obra de partida. O segundo capítulo retrata os aspectos históricos, culturais, políticos, ideológicos, científicos e biográficos que servem de plano de fundo ao objeto de análise deste trabalho. No que tangencia o cenário literário, os estilos romântico e realista sustentam a obra balzaquiana. O retrato autêntico, ainda que desagradável, da sociedade parisiense serve de base para a construção da obra em análise. O autor se escora na fiel representação da realidade da sociedade à época, retomando, assim, conceitos filosóficos aristotélicos da antiguidade, como a mimesis, corroborando a importância da perspectiva histórica da tradução. Ainda, Balzac lança mão do narrador-historiador a fim de demonstrar os modos pelos quais a condição econômica atua na vida dos protagonistas, evidenciando a influência dos recursos narrativos na concepção dos personagens. Dito isso, o segundo capítulo explora as influências do autor, sua biografia, retratando seu contexto, ainda que, por ser precursor do Realismo, busca sempre retratar a sociedade com fidedignidade. Seu legado literário é antagônico às suas atitudes e posicionamentos sociais e políticos. Aristocrata, Balzac, por diversas vezes retratou suas opiniões e crenças pessoais, porém, em suas obras foi seguidor (criador) inveterado do Realismo. Ao final do capítulo segundo, esboça-se as passagens e o enredo dos trechos comparados. O terceiro capítulo se inicia com a contextualização histórica da tradução no Brasil, passando pela sua influência na Tradução Literária, bem como suas heranças do período colonialista, seguido da exposição da cultura dos anos das traduções analisadas, qual seja, 1954, 1979, 2002 e 2016. Ressalta-se que o intuito primordial desse embasamento é fundamentar a parte final do trabalho. Assim, a última parte revelará os problemas que são encontrados na tradução das passagens da obra de Honoré de Balzac, Le père Goriot, conforme o texto de partida, datado de 1835, e suas traduções ao longo dos anos. Salienta-se que, em que pese tenha sido escrita em linguagem corriqueira, sua interpretação e tradução não se mostra tão acessível e simplória ao leitor/tradutor. Assim, as opções do tradutor nestas passagens serão analisadas, com finalidade comparativa no que se refere às épocas, estilística, teorias tradutórias vigentes etc. Desse modo, as diferenças entre as línguas serão consideradas, em especial, as morfológicas e semânticas, encontrando-se soluções para as questões que porventura surgirem no deslinde da investigação. A metodologia adotada será guiada pelas tendências prescritas pelas teorias acima mencionadas, pelas que serão elencadas no bojo deste trabalho e pelas suas reflexões teóricas, conforme a tradução dos trechos da obra de Balzac, selecionados como corpus deste trabalho. Este trabalho foi escrito em português brasileiro e conforme o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
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Possuindo base essencialmente empírica e pragmática, a teoria da tradução derivou de uma perspectiva teórica-científica e culminou na conjugação de todas as metodologias, desaguando nas diferentes abordagens contemporâneas. É fato que da teoria da tradução exsurge o paradigma exordial literal vs sentido. Neste contexto, o primeiro capítulo aborda esta dualidade, ressaltando suas nuances durante os diversos períodos, seus influxos na formação dos Estudos da Tradução, até as teorias tradutórias contemporâneas. Ressalta-se que, independentemente do processo tradutório a ser utilizado, faz-se mister o conhecimento de suas raízes, princípios e fundamentos. Conquanto os Estudos da Tradução terem sido legitimados como disciplina autônoma somente na década de 70, a tradução de livros literários remete-nos a períodos pretéritos. Seu recente albergue científico, assim como o seu antigo embasamento pragmático, perfazem a impossibilidade de se relegar os elementos que gravitam ao redor do texto (cultura), durante o processo tradutório, ocasionando, ainda, maior prestígio ao ofício de tradutor. O que à primeira vista parece-nos evidente, foram, porém, necessárias diferentes metodologias e abordagens ao longo dos séculos, para que se pudesse valorizar efetivamente a figura do tradutor, da tradução como disciplina autônoma, e da cultura inerente à obra de partida (e até mesmo de chegada). Também serão apresentados neste capítulo outros ensinamentos, entre os quais, os de Susan Bassnett que, colaciona em sua obra diferentes teorias e abordagens, tais como, as questões referentes a decodificação e recodificação, às perdas e ganhos a depender das opções do tradutor, entre outras. De mais a mais, o conceito de cultura e o papel do tradutor revelam-se ainda mais significativos no que concerne às traduções literárias. Isso porque, as obras literárias por si só possuem características singulares que as tornam heterogêneas se comparadas aos demais textos. São o corolário de um complexo sistema que envolve duas línguas, duas culturas e duas tradições literárias, além de possuir elementos linguísticos e extralinguísticos essenciais ao entendimento orgânico da obra. Nesse sentido, ainda no primeiro capítulo, serão abordadas diferentes teorias que solidificam as peculiaridades inerentes à tradução literária. Partindo dos princípios fundantes das teorias da tradução e da tradução literária, resta notória a importância da análise dos elementos culturais da obra de partida. O segundo capítulo retrata os aspectos históricos, culturais, políticos, ideológicos, científicos e biográficos que servem de plano de fundo ao objeto de análise deste trabalho. No que tangencia o cenário literário, os estilos romântico e realista sustentam a obra balzaquiana. O retrato autêntico, ainda que desagradável, da sociedade parisiense serve de base para a construção da obra em análise. O autor se escora na fiel representação da realidade da sociedade à época, retomando, assim, conceitos filosóficos aristotélicos da antiguidade, como a mimesis, corroborando a importância da perspectiva histórica da tradução. Ainda, Balzac lança mão do narrador-historiador a fim de demonstrar os modos pelos quais a condição econômica atua na vida dos protagonistas, evidenciando a influência dos recursos narrativos na concepção dos personagens. Dito isso, o segundo capítulo explora as influências do autor, sua biografia, retratando seu contexto, ainda que, por ser precursor do Realismo, busca sempre retratar a sociedade com fidedignidade. Seu legado literário é antagônico às suas atitudes e posicionamentos sociais e políticos. Aristocrata, Balzac, por diversas vezes retratou suas opiniões e crenças pessoais, porém, em suas obras foi seguidor (criador) inveterado do Realismo. Ao final do capítulo segundo, esboça-se as passagens e o enredo dos trechos comparados. O terceiro capítulo se inicia com a contextualização histórica da tradução no Brasil, passando pela sua influência na Tradução Literária, bem como suas heranças do período colonialista, seguido da exposição da cultura dos anos das traduções analisadas, qual seja, 1954, 1979, 2002 e 2016. Ressalta-se que o intuito primordial desse embasamento é fundamentar a parte final do trabalho. Assim, a última parte revelará os problemas que são encontrados na tradução das passagens da obra de Honoré de Balzac, Le père Goriot, conforme o texto de partida, datado de 1835, e suas traduções ao longo dos anos. Salienta-se que, em que pese tenha sido escrita em linguagem corriqueira, sua interpretação e tradução não se mostra tão acessível e simplória ao leitor/tradutor. Assim, as opções do tradutor nestas passagens serão analisadas, com finalidade comparativa no que se refere às épocas, estilística, teorias tradutórias vigentes etc. Desse modo, as diferenças entre as línguas serão consideradas, em especial, as morfológicas e semânticas, encontrando-se soluções para as questões que porventura surgirem no deslinde da investigação. A metodologia adotada será guiada pelas tendências prescritas pelas teorias acima mencionadas, pelas que serão elencadas no bojo deste trabalho e pelas suas reflexões teóricas, conforme a tradução dos trechos da obra de Balzac, selecionados como corpus deste trabalho. Este trabalho foi escrito em português brasileiro e conforme o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.Jorge, GuilherminaRepositório da Universidade de LisboaOliveira, Raquel Guedes de2022-03-18T12:50:17Z2022-01-132021-09-142022-01-13T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/51824TID:202931439porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:56:47Zoai:repositorio.ul.pt:10451/51824Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:03:03.705145Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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Seu recente albergue científico, assim como o seu antigo embasamento pragmático, perfazem a impossibilidade de se relegar os elementos que gravitam ao redor do texto (cultura), durante o processo tradutório, ocasionando, ainda, maior prestígio ao ofício de tradutor. O que à primeira vista parece-nos evidente, foram, porém, necessárias diferentes metodologias e abordagens ao longo dos séculos, para que se pudesse valorizar efetivamente a figura do tradutor, da tradução como disciplina autônoma, e da cultura inerente à obra de partida (e até mesmo de chegada). Também serão apresentados neste capítulo outros ensinamentos, entre os quais, os de Susan Bassnett que, colaciona em sua obra diferentes teorias e abordagens, tais como, as questões referentes a decodificação e recodificação, às perdas e ganhos a depender das opções do tradutor, entre outras. De mais a mais, o conceito de cultura e o papel do tradutor revelam-se ainda mais significativos no que concerne às traduções literárias. Isso porque, as obras literárias por si só possuem características singulares que as tornam heterogêneas se comparadas aos demais textos. São o corolário de um complexo sistema que envolve duas línguas, duas culturas e duas tradições literárias, além de possuir elementos linguísticos e extralinguísticos essenciais ao entendimento orgânico da obra. Nesse sentido, ainda no primeiro capítulo, serão abordadas diferentes teorias que solidificam as peculiaridades inerentes à tradução literária. Partindo dos princípios fundantes das teorias da tradução e da tradução literária, resta notória a importância da análise dos elementos culturais da obra de partida. O segundo capítulo retrata os aspectos históricos, culturais, políticos, ideológicos, científicos e biográficos que servem de plano de fundo ao objeto de análise deste trabalho. No que tangencia o cenário literário, os estilos romântico e realista sustentam a obra balzaquiana. O retrato autêntico, ainda que desagradável, da sociedade parisiense serve de base para a construção da obra em análise. O autor se escora na fiel representação da realidade da sociedade à época, retomando, assim, conceitos filosóficos aristotélicos da antiguidade, como a mimesis, corroborando a importância da perspectiva histórica da tradução. Ainda, Balzac lança mão do narrador-historiador a fim de demonstrar os modos pelos quais a condição econômica atua na vida dos protagonistas, evidenciando a influência dos recursos narrativos na concepção dos personagens. Dito isso, o segundo capítulo explora as influências do autor, sua biografia, retratando seu contexto, ainda que, por ser precursor do Realismo, busca sempre retratar a sociedade com fidedignidade. Seu legado literário é antagônico às suas atitudes e posicionamentos sociais e políticos. Aristocrata, Balzac, por diversas vezes retratou suas opiniões e crenças pessoais, porém, em suas obras foi seguidor (criador) inveterado do Realismo. Ao final do capítulo segundo, esboça-se as passagens e o enredo dos trechos comparados. O terceiro capítulo se inicia com a contextualização histórica da tradução no Brasil, passando pela sua influência na Tradução Literária, bem como suas heranças do período colonialista, seguido da exposição da cultura dos anos das traduções analisadas, qual seja, 1954, 1979, 2002 e 2016. Ressalta-se que o intuito primordial desse embasamento é fundamentar a parte final do trabalho. Assim, a última parte revelará os problemas que são encontrados na tradução das passagens da obra de Honoré de Balzac, Le père Goriot, conforme o texto de partida, datado de 1835, e suas traduções ao longo dos anos. Salienta-se que, em que pese tenha sido escrita em linguagem corriqueira, sua interpretação e tradução não se mostra tão acessível e simplória ao leitor/tradutor. Assim, as opções do tradutor nestas passagens serão analisadas, com finalidade comparativa no que se refere às épocas, estilística, teorias tradutórias vigentes etc. Desse modo, as diferenças entre as línguas serão consideradas, em especial, as morfológicas e semânticas, encontrando-se soluções para as questões que porventura surgirem no deslinde da investigação. A metodologia adotada será guiada pelas tendências prescritas pelas teorias acima mencionadas, pelas que serão elencadas no bojo deste trabalho e pelas suas reflexões teóricas, conforme a tradução dos trechos da obra de Balzac, selecionados como corpus deste trabalho. Este trabalho foi escrito em português brasileiro e conforme o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
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