Compressão do espaço-tempo e hiperlocalização: os novos flâneurs
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-35752019000200008 |
Resumo: | A experiência de sensações tais como a de aceleração do tempo ou de eliminação do espaço vulgarizou-se na vida moderna cada vez mais organizada segundo o ritmo do tempo real, instituído pelos média digitais. Neste artigo, partindo do conceito de compressão espaço-tempo de Harvey (1999), confrontamos perspetivas situadas nas correntes do determinismo tecnológico com outras que defendem a relação dialógica entre tecnologia e sociedade. Abordam-se noções como as de desterritorialização e destemporalização que permitem compreender o surgimento de um espaço de dados fragmentado e intemporal, correspondendo a uma nova geografia, na qual já não é possível estabelecer uma fronteira clara entre o mundo físico e o digital. O texto estrutura-se tendo como suporte teórico o conceito de flâneur ciberespacial, explorando as semelhanças com o flâneur novecentista, tal como descrito por Baudelaire. A análise de um conjunto de intervenções artísticas e experimentais centradas sobre questões como a hiperlocalização ou a ubiquidade e a pervasividade permite-nos recorrer a esta figura do flâneur ciberespacial num duplo sentido, como sinal da tendência para a aceleração técnica, mas também como símbolo da força de resistência a essa mesma aceleração. Conclui-se que a evolução exponencial e a crescente naturalização da tecnologia nos obrigam a considerar o seu papel determinante nas dinâmicas sociais, designadamente, a partir da transformação da nossa relação com as dimensões do espaço e do tempo. |
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