A poesia, a arte, a imortalidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Jorge Vaz de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/13654
Resumo: O topos da imortalidade literária percorre a literatura desde Homero. Se toda a cultura proclama o desejo de superar a nossa condição natural, em Jorge de Sena, a par do veemente inconformismo face ao absurdo de nascermos para morrer, há uma afirmação da descrença em qualquer tipo de imortalidade. Daí a urgência no reconhecimento pelos méritos da obra incomparável de que sabe ser autor, quere-o neste mundo por, como escreve, não acreditar noutro. Mas se uma obra é essencialmente um gesto de sobrevivência, a de Sena cumpre decerto a profecia do seu verso: «Um dia nos libertaremos da morte sem deixar de morrer».
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