Utilidade clínica da oxitocina no controlo do apetite e na obesidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mezias, Maria Inês Pereira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/11381
Resumo: Introdução: A oxitocina é uma hormona classicamente conhecida pelos seus efeitos no parto e na amamentação, sendo a sua aplicação mais conhecida na prática clínica em Obstetrícia para induzir o trabalho de parto. Atualmente têm-se descoberto novas funções. Vários ensaios pré-clínicos documentaram propriedades anorexígenas da oxitocina, tanto a nível da ingestão calórica, do dispêndio energético e do peso corporal. Atualmente, a obesidade é bastante prevalente a nível mundial, acarretando inúmeros problemas de saúde associados. Existem inúmeras terapêuticas propostas para o seu tratamento, sendo a oxitocina uma solução potencial, ainda em pesquisa. O objetivo deste trabalho foi analisar a evidência científica da utilidade da oxitocina no controlo do apetite e do peso. Materiais e métodos: O presente trabalho foi realizado através da pesquisa bibliográfica de artigos científicos na base de dados “PubMed/MEDLINE” com recurso às palavras-chave “oxytocin”, “obesity”, “food intake” e “appetite”. Foram selecionados preferencialmente ensaios clínicos randomizados. Resultados: Foram identificados 18 ensaios clínicos randomizados que foram alvo de uma análise mais detalhada. A generalidade dos estudos revelou benefícios a nível da ingestão alimentar, de parâmetros metabólicos e do controlo cognitivo perante a visualização de estímulos alimentares. No entanto, a globalidade dos estudos não revelou diminuições significativas de peso. Discussão: Os dados nesta temática são ainda incertos. Amostras pequenas, heterogéneas, tempos reduzidos de estudo, desenhos diferentes das investigações, dosagens distintas e falta de conhecimento das propriedades farmacológicas da oxitocina poderão explicar esta incerteza. Conclusão: No futuro, é importante continuar a realizar mais estudos, com amostras maiores e durante um intervalo de tempo mais prolongado, para obter resultados mais fidedignos, sempre atentando à ocorrência potencial de eventos adversos.
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