Eco-inovação no setor energético Português

• Autor(a) principal: Santos, Maria Briz Müller Assis dos
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/26455
• topic: Ecoinovação -- Eco-innovation; Setor energético -- Energy sector; Empresas portuguesas; Portuguese companies

Atualmente, as empresas desenvolvem atividades cada vez mais sustentáveis, o que lhes permite aumentar a sua competitividade através de produtos e processos mais amigos do ambiente. Aliando o desenvolvimento sustentável à inovação, surge o conceito de eco-inovação, como a introdução de bens e processos que geram benefícios ambientais em detrimento das alternativas disponíveis. Com o intuito de aprofundar o tema, este estudo apresenta como objetivo analisar as práticas de eco-inovação nas empresas portuguesas do setor energético, designadamente a sua evolução nos últimos anos, as estratégias adotadas e os fatores determinantes. Assim, foram analisadas 78 empresas portuguesas do setor energético e os resultados obtidos evidenciam que, apesar de todas as inquiridas considerarem ter demonstrado uma maior preocupação com os impactos da sua atividade económica no meio ambiente nos últimos 5 anos, apenas 62% implementaram alguma eco-inovação no mesmo período. As estratégias implementadas foram inovação de produto ou processo, adoção de um novo processo de fabrico, eco-inovação organizacional ou inovação em green systems. Relativamente às empresas que não adotaram nenhum comportamento eco-inovador, os três motivos mais apontados foram a falta de tempo, a falta de verbas financeiras para o efeito e a falta de apoios do Estado. Os principais determinantes da eco-inovação apontados pelas empresas foram os fatores do lado da oferta e da procura. Em contrapartida, os fatores do lado das influências políticas e institucionais foram menos referidos pelas inquiridas, apesar da importância que a literatura atribui ao papel do Estado enquanto agente para combater o desincentivo das empresas em eco-inovar.