Violência no namoro: tácticas de resolução de conflito, autoestima, inteligência emocional, sintomatologia psicopatológica e atitudes legitimadoras acerca da violência, numa amostra de jovens universitários portugueses

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Olga Nazaré Simões
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/8343
Resumo: A violência nas relações íntimas tem sido um infortúnio de génese antiga, mas bem presente nas relações amorosas da atualidade, mais precisamente, no namoro. O presente artigo teve como objetivo principal perceber a relação entre a violência no namoro, a autoestima e a inteligência emocional. A amostra foi constituída por 435 estudantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 53 anos, dos quais 354 (81,4%) do género feminino e 81 (18,6%) do género masculino. Como instrumentos foram utilizados o Social Environment Questionnaire (SEQ); as Revised Conflict Tactics Scales (CTS2); a Rosenberg Self-Esteem Scale (RSES) e o Questionário de Autoperceção de Inteligência Emocional (QIE-AP). Os resultados evidenciaram que, relativamente à prevalência dos comportamentos efetuados pelos agressores, o género feminino tende a recorrer mais à negociação. Na agressão psicológica, o género feminino perpetrou mais este comportamento, contrariamente ao uso do abuso físico com sequelas, onde o género masculino recorreu mais a esta forma de violência. A inteligência emocional prediz a negociação, no agressor e na vítima. A autoestima prediz negativamente a agressão psicológica e o abuso físico sem sequelas, nos agressores e nas vítimas. A negociação, assim como, a agressão psicológica, o abuso físico sem e com sequelas, praticada pelos agressores e vivenciada pelas vítimas, está positivamente associada com a inteligência emocional. Concluindo, os resultados da investigação foram, maioritariamente, os esperados, tanto para os agressores, como para as vítimas, com a exceção da diferenciação do género. Ultimando assim, com uma reflexão sobre as viii limitações que foram encontradas, neste tipo de procedimentos, apresentando, também, possíveis formas de aperfeiçoamento para ações de prevenção junto deste tipo de população e de toda a sua rede social.
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