Trabalho, globalização e contramovimentos: dinâmicas da ação coletiva do precariado artístico no Brasil e em Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Braga, R.
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Marques, J. S.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/14502
Resumo: O artigo pretende construir uma comparação entre a formação do precariado pós-fordista no Brasil e em Portugal, a partir da análise dos padrões de proletarização do trabalho artístico nos dois países e sua relação com diferentes trajetórias de açãocoletiva, assim como a articulação com os novos movimentos de trabalhadores precarizados. Assim, destacaremos os dilemas enfrentados pelo movimento dos trabalhadores precários em transnacionalizar suas formas de ação coletiva. No caso brasileiro, analisamosespecificamente a mobilização por políticas públicas para a cultura que, distanciada da atuação sindical, desembocou na conquista do programa de Fomento ao Teatro; no caso português, analisamos a ação coletiva - que se consolida com a criação do sindicato-movimento Cena contra a perda de direitos trabalhistas num contexto marcado pela adoção de políticas de austeridade em escala europeia. Os limites da transnacionalização das reivindicações desses grupos de trabalhadores precários serão problematizados à luz da ideia muito presente nos novos estudos “neopolanyianos” do trabalho segundo a qual o processo de mobilização do precariado no Sul global anunciaria o advento de um contramovimento “embrionário” cuja tendência seria florescer conforme a mercantilizaçãoneoliberal ampliasse e aprofundasse as ameaças à classe trabalhadora em escala mundial.
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