Avaliação das Características da População de uma Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos (1995-2000)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, F.
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Mota, T. C., Pinto, A. Teixeira, Aparício, J., Ribeiro, A., Carvalho, J., Carreiro, E., Almeida, F., Santos, L. Almeida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
DOI: 10.25754/pjp.2002.5158
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2002.5158
Resumo: A preocupação da sociedade com o direito de utilização e acesso a cuidados de saúde com qualidade torna a avaliação da «qualidade» num aspecto com crescente importância nos sistemas de saúde. O presente estudo pretendeu avaliar as características da população assistida na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos do H. S. João (UCIP) durante um período de seis anos (1995-2000), bem como as taxas de mortalidade e de eficiência, de modo a permitir uma redefinição dos critérios de admissão e avaliação da qualidade dos serviços prestados. Foi efectuada a revisão das folhas de registo da pontuação do «Pediatric Risk of Mortality» (PRISM), utilizadas regularmente na UCIP. Do total de 1011 doentes avaliados verificaram-se 143 óbitos, correspondendo a uma taxa de mortalidade real, global, de 14,1%. A taxa de mortalidade prevista, a partir das probabilidades de morte individuais, foi de 15,6%. A taxa de mortalidade padronizada (TMP) foi de 0,905. A taxa de eficiência na admissão foi superior a 76,3%. A capacidade discriminativa do PRISM na nossa população, medida pela «Receiver Operating Characteristic», mostrou uma área sob a curva de 0,92 para a totalidade dos doentes avaliados, o que revela uma boa adaptação à nossa população, a exemplo do verificado em muitos outros estudos. Apesar da TMP ser inferior a um (0,905) não foi demonstrada a existência de diferença com significado estatístico entre a taxa de mortalidade real e a prevista pelo PRISM. Contudo, permite-nos afirmar a existência de um nível de qualidade assistencial equivalente à população de referência.
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