Criatividade e governança na cidade contemporânea: a conjugação de dois conceitos poliédricos e complementares
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/3417 |
Resumo: | Este texto foi desenvolvido no âmbito de um projecto de investigação que procura observar e interpretar formas e fluxos de governança (sociopolítica e cultural) associadas a dinâmicas criativas (e cumulativas) nas cidades e em territórios pró-urbanos. Resulta de um trabalho de reflexão teórica e crítica em torno de conceitos de base (criatividade, vitalidade e governança na cidade) e da projecção empírica de tais perspectivas num conjunto de entrevistas realizadas a actores-chave no pensamento e na acção em torno da cidade contemporânea, em 3 territórios metropolitanos: Lisboa, São Paulo e Barcelona. Procurou-se não só identificar as diferentes perspectivas em torno dos conceitos e das respectivas dinâmicas de complementaridade e de conectividade entre estes; mas também as condições estruturantes e metabólicas para o desenvolvimento sustentado de criatividade na cidade de hoje, quer no que concerne às suas configurações espaciais/geográficas, mas também aos ambientes socioculturais e económicos associados. Equacionam-se ainda formas de promoção e de apoio público e privado da criatividade urbana, discutindo-se estratégias políticas e processos de govemança para a sua potenciação. Diferentes perspectivas (face à própria cidade e à sua emancipação) conduzem a diferentes racionais de acção sociopolítica, nomeadamente face às dinâmicas e estruturas de governança. Este texto espelha tais perspectivas de racionais políticos, no âmbito do fomento da criatividade urbana. Não obstante uma inerente (e salutar) diversidade de perspectivas, a importância de elementos urbano-espaciais tais como a diversidade e proximidade de diferentes tipos de actores, suas práticas transaccionais, de mobilidade e de dinâmica quotidiana; a par de elementos-chave na esfera governativa local/metropolitana tais como a abertura e pró-actividade (e correspondente capacidade de mutação organizacional), bem como a disseminação de informação e de veículos de debate e de co-responsabilização, são elementos vitais para o reforço da governança da criatividade na cidade contemporânea. Governança assim reforçada, e que permitirá de per si (embora também necessitando de visões e acções racionalizadas) a multiplicação de agentes, de processos e de projectos criativos pelos mais diversos espaços e tempos urbanos. |
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