O urbanista na crise: Face às diferentes percepções da cidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Delgado, Cecília
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://revistas.rcaap.pt/cct/article/view/9099
Resumo: A crise económica reforçou a necessidade de cruzar informação e procurar novas alternativas. O desempenho dos planeadores e urbanistas é primordial. É urgente reactivar a função social da profissão e reconhecer que o direito à cidade é universal. O desenho urbano resulta de decisões políticas e técnicas. As cidades são habitadas por uma mole não homogénea de cidadãos. Importa perceber onde convergem e divergem as representações de cada grupo relativamente ao “modelo” de cidade. Sendo a participação pública o instrumento de auscultação das vontades populares interessa compreender que convergências e divergências existirão nas representações e percepções de cada um dos grupos envolvidos. Usou-se como estudo de caso o Programa Polis em Vila Nova de Gaia - Portugal. Inquiriram-se políticos, técnicos e cidadãos sobre o conceito de qualidade de vida urbana, o “modelo” de cidade ideal e a importância da participação pública nas decisões urbanísticas. Aplicaram-se simultaneamente técnicas quantitativas e qualitativas. Sobre o conceito de qualidade de vida urbana encontraram-se divergências entre técnicos, políticos e cidadãos e convergência entre géneros e perfil académico. Na descrição da cidade ideal, políticos, técnicos e cidadãos partilham a mesma visão, os géneros divergem. É consensual a importância da participação. A escassez de participação dos cidadãos é justificada através da falta de estímulo por parte das entidades competentes, em paralelo com o desinteresse pela temática.Em síntese, os resultados comprovam a necessidade do diálogo como instrumento da construção de cidades mais equitativas e inclusivas. Aos urbanistas compete o papel de mediadores e negociadores, comprometidos e informados.
id RCAP_b1db224c04ed44073ce7eb1d63405063
oai_identifier_str oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/9099
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling O urbanista na crise: Face às diferentes percepções da cidadeO urbanista na crise: Face às diferentes percepções da cidadeArticleA crise económica reforçou a necessidade de cruzar informação e procurar novas alternativas. O desempenho dos planeadores e urbanistas é primordial. É urgente reactivar a função social da profissão e reconhecer que o direito à cidade é universal. O desenho urbano resulta de decisões políticas e técnicas. As cidades são habitadas por uma mole não homogénea de cidadãos. Importa perceber onde convergem e divergem as representações de cada grupo relativamente ao “modelo” de cidade. Sendo a participação pública o instrumento de auscultação das vontades populares interessa compreender que convergências e divergências existirão nas representações e percepções de cada um dos grupos envolvidos. Usou-se como estudo de caso o Programa Polis em Vila Nova de Gaia - Portugal. Inquiriram-se políticos, técnicos e cidadãos sobre o conceito de qualidade de vida urbana, o “modelo” de cidade ideal e a importância da participação pública nas decisões urbanísticas. Aplicaram-se simultaneamente técnicas quantitativas e qualitativas. Sobre o conceito de qualidade de vida urbana encontraram-se divergências entre técnicos, políticos e cidadãos e convergência entre géneros e perfil académico. Na descrição da cidade ideal, políticos, técnicos e cidadãos partilham a mesma visão, os géneros divergem. É consensual a importância da participação. A escassez de participação dos cidadãos é justificada através da falta de estímulo por parte das entidades competentes, em paralelo com o desinteresse pela temática.Em síntese, os resultados comprovam a necessidade do diálogo como instrumento da construção de cidades mais equitativas e inclusivas. Aos urbanistas compete o papel de mediadores e negociadores, comprometidos e informados.The economic crisis has reinforced the need to cross information and seek new alternatives. How urban planners are going to deal with it is crucial. It is urgent to reactivate the profession’s social function and recognize that the right to the city for all is universal. Urban planning is the result of political and technical decisions. Cities are occupied by a group of non-homogeneous citizens. It is important to understand if the city ‘model’ representation by each group is convergent or divergent. While understanding public participation as the instrument to listen to people’s voices, it is worth to consider politicians’, technicians’ and citizens’ representations and perceptions about this issue. The case study used here was the Polis Programme - Vila Nova de Gaia, Portugal. We asked politicians, technicians and citizens about the concept of urban life quality, the ideal city ‘model’ and the importance of public participation in urban planning decisions. We applied both quantitative and qualitative techniques. On the concept of urban quality of life, differences were found between technicians, politicians and citizens, and convergence occurred between genders and different academic profiles. When describing the ideal city, politicians and citizens share the same vision; however, there is a gender difference. Besides the consensus about the importance of participation, there is absence of citizen participation, which is justified by the lack of encouragement of authorities, parallel to the lack of interest on those issues by citizens. The results show the necessity for dialogue as a means to build more equitable and inclusive cities. In this context, the role of urban planners is to act as mediators and negotiators, committed and informed.DINÂMIA'CET-Iscte2011-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://revistas.rcaap.pt/cct/article/view/9099por2182-3030Delgado, Cecíliainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-23T16:02:38Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/9099Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:04:45.632175Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv O urbanista na crise: Face às diferentes percepções da cidade
O urbanista na crise: Face às diferentes percepções da cidade
title O urbanista na crise: Face às diferentes percepções da cidade
spellingShingle O urbanista na crise: Face às diferentes percepções da cidade
Delgado, Cecília
Article
title_short O urbanista na crise: Face às diferentes percepções da cidade
title_full O urbanista na crise: Face às diferentes percepções da cidade
title_fullStr O urbanista na crise: Face às diferentes percepções da cidade
title_full_unstemmed O urbanista na crise: Face às diferentes percepções da cidade
title_sort O urbanista na crise: Face às diferentes percepções da cidade
author Delgado, Cecília
author_facet Delgado, Cecília
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Delgado, Cecília
dc.subject.por.fl_str_mv Article
topic Article
description A crise económica reforçou a necessidade de cruzar informação e procurar novas alternativas. O desempenho dos planeadores e urbanistas é primordial. É urgente reactivar a função social da profissão e reconhecer que o direito à cidade é universal. O desenho urbano resulta de decisões políticas e técnicas. As cidades são habitadas por uma mole não homogénea de cidadãos. Importa perceber onde convergem e divergem as representações de cada grupo relativamente ao “modelo” de cidade. Sendo a participação pública o instrumento de auscultação das vontades populares interessa compreender que convergências e divergências existirão nas representações e percepções de cada um dos grupos envolvidos. Usou-se como estudo de caso o Programa Polis em Vila Nova de Gaia - Portugal. Inquiriram-se políticos, técnicos e cidadãos sobre o conceito de qualidade de vida urbana, o “modelo” de cidade ideal e a importância da participação pública nas decisões urbanísticas. Aplicaram-se simultaneamente técnicas quantitativas e qualitativas. Sobre o conceito de qualidade de vida urbana encontraram-se divergências entre técnicos, políticos e cidadãos e convergência entre géneros e perfil académico. Na descrição da cidade ideal, políticos, técnicos e cidadãos partilham a mesma visão, os géneros divergem. É consensual a importância da participação. A escassez de participação dos cidadãos é justificada através da falta de estímulo por parte das entidades competentes, em paralelo com o desinteresse pela temática.Em síntese, os resultados comprovam a necessidade do diálogo como instrumento da construção de cidades mais equitativas e inclusivas. Aos urbanistas compete o papel de mediadores e negociadores, comprometidos e informados.
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011-06-01T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.rcaap.pt/cct/article/view/9099
url https://revistas.rcaap.pt/cct/article/view/9099
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 2182-3030
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv DINÂMIA'CET-Iscte
publisher.none.fl_str_mv DINÂMIA'CET-Iscte
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799130509809287168