Sinais desencontrados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.21814/2i.3444 |
Resumo: | Tanto o colonialismo como as diferentes expressões de resistência que o foram erodindo se fizeram de ações, não dispensando o apoio de palavras e imagens. É para a forma como estas categorias se combinaram que orientaremos o olhar, procurando perceber de que modo as narrativas – de legitimação colonial e de apelo à independência – fizeram uso de um instrumento tão poderoso como a fotografia. Recorreremos a materiais diversos com um ponto comum: o reporte ao registo propagandístico, a uma intencionalidade que visa convencer mais do que informar. Sem deixar de considerar o colonialismo globalmente, faremos da guerra colonial o centro deste texto, tomando-a como o momento mais expressivo do confronto entre diferentes representações do mesmo território, apresentado por Portugal como parte de um todo indivisível; visto pelos movimentos de libertação como espaço ocupado por forças alheias aos interesses legítimos das populações africanas. Longa e sangrenta, a guerra colonial teve na propaganda uma outra frente de batalha. Os panfletos e cartazes, as fotografias que testemunhavam o convívio pacífico ou que mostravam atrocidades, revelam muito acerca da tessitura de relações que estruturaram o domínio colonial, mas também das dinâmicas que conduziram à constituição de novos estados em África. |
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