Ceramida e ceramidase ácida: importância fisiopatológica e terapêutica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caldas, Luísa Forte Varajão
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/6635
Resumo: A ceramida é um esfingolípido tipicamente encontrado nas membranas das células eucarióticas. Para além da sua função estrutural, esta molécula lipídica tem também sido associada a funções reguladoras, nomeadamente no âmbito da apoptose onde atua como molécula pró-apoptótica. O metabolismo da ceramida é representado por uma complexa rede de reações inter-relacionadas que compreende três vias metabólicas: biossintética, catabólica e reciclagem. O catabolismo da ceramida em esfingosina e ácido gordo é assegurado por uma família de enzimas conhecidas por ceramidases. Estas enzimas atuam em diferentes compartimentos celulares sob condições fisiológicas distintas. A ceramidase ácida (aCDase) está localizada no lisossoma e é responsável pela produção da esfingosina lisossomal. Após a sua exportação para o citoplasma, a esfingosina pode ser fosforilada ou utilizada na via de reciclagem para a produção de ceramida. O balanço entre a ceramida e a esfingosina-1-fosfato pode ser utilizado como sensor de morte ou sobrevivência celular. Em virtude disso, as patologias caracterizadas por défice ou excesso de atividade enzimática de aCDase podem apresentar desequilíbrios da razão ceramida/esfingosina 1-fosfato. Por isso, essas doenças poderão ser revertidas, total ou parcialmente, através da reposição de uma quantidade adequada de aCDase funcionalmente ativa ou da inibição da expressão / atividade enzimática da aCDase, respetivamente. A potencialidade de modulação terapêutica da etapa do metabolismo catalisada pela aCDase tem sido explorada em várias áreas da Medicina, recorrendo quer a fármacos orfãos ou co-adjuvantes terapêuticos, e com resultados muito promissores.
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