Perceções das Crianças em Risco sobre o Risco
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/28623 |
Resumo: | O presente estudo visa avaliar as representações sociais das crianças sinalizadas numa Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Viana do castelo, em relação à família e ao risco a que estão expostas na esfera privada. Neste sentido, foram auscultadas sete crianças de faixas etárias diversas sinalizadas por se encontrarem em situação de risco e pertencentes a uma mesma família. Nesta investigação recorreu-se à investigação qualitativa. Assim, através da análise de conteúdo dos discursos dos menores verificou-se a existência de um sentimento de pertença à família de origem e uma vivência harmoniosa das dinâmicas familiares que os afasta da perceção de risco associado à negligência e à mendicidade de que são vitimas, bem como da ideia de que os seus progenitores são elementos maltratantes. No fundo, a fratria considera a sua família como a família ideal, mesmo que a debilidade económica possa ser entendida pelos elementos mais velhos como factor que os limita na concretização dos seus objetivos e desejos, conduzindo-os à perceção de desigualdade social. Constatou-se ainda que apesar das sucessivas intervenções da CPCJ ao longo dos anos junto deste agregado familiar, os progenitores por serem subsídiodependentes, mediante o seu quadro de referências pessoais, e pela ausência de feedback negativo dos seus filhos relativamente às práticas parentais que adotam não aceitam as acusações que lhes são dirigidas, não se envolvendo no processo de mudança, constatando-se em conformidade mudanças comportamentais superficiais apenas no período de vigência das Medidas de Promoção e de Proteção acordadas por receio que lhes sejam suspensos os apoios económicos e o direito à habitação social de que beneficiam. |
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Perceções das Crianças em Risco sobre o RiscoFamiliaRisco e PerigoCriança em RiscoNegligênciaComissão de Protecção de Crianças e JovensDomínio/Área Científica::Ciências SociaisO presente estudo visa avaliar as representações sociais das crianças sinalizadas numa Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Viana do castelo, em relação à família e ao risco a que estão expostas na esfera privada. Neste sentido, foram auscultadas sete crianças de faixas etárias diversas sinalizadas por se encontrarem em situação de risco e pertencentes a uma mesma família. Nesta investigação recorreu-se à investigação qualitativa. Assim, através da análise de conteúdo dos discursos dos menores verificou-se a existência de um sentimento de pertença à família de origem e uma vivência harmoniosa das dinâmicas familiares que os afasta da perceção de risco associado à negligência e à mendicidade de que são vitimas, bem como da ideia de que os seus progenitores são elementos maltratantes. No fundo, a fratria considera a sua família como a família ideal, mesmo que a debilidade económica possa ser entendida pelos elementos mais velhos como factor que os limita na concretização dos seus objetivos e desejos, conduzindo-os à perceção de desigualdade social. Constatou-se ainda que apesar das sucessivas intervenções da CPCJ ao longo dos anos junto deste agregado familiar, os progenitores por serem subsídiodependentes, mediante o seu quadro de referências pessoais, e pela ausência de feedback negativo dos seus filhos relativamente às práticas parentais que adotam não aceitam as acusações que lhes são dirigidas, não se envolvendo no processo de mudança, constatando-se em conformidade mudanças comportamentais superficiais apenas no período de vigência das Medidas de Promoção e de Proteção acordadas por receio que lhes sejam suspensos os apoios económicos e o direito à habitação social de que beneficiam.This study aims to evaluate the social representations of the children signalized in a Children and Youth Protection Commission from Viana do Castelo, concerning the family and the risk to which they are exposed in the private sphere. In this sense, seven children belonging to different age-groups were listened, having been signalized for being at a risk situation and appertaining to the same family. In this investigation, it was used the qualitative investigation. Thus, by the analysis of the minors’ discourses content, it was verified the existence of a feeling of belonging to the original family and a harmonious experience of the family dynamics which withdraws them from the perception of risk associated to the negligence and the mendicity of which they are victims, as well as from the idea of their parents being mistreating elements. Actually, the phratry considers their family as the perfect family, even if the economic debility may be understood by the elder elements as a factor which limits them in the concretization of their objectives and wishes, leading them to the perception of social inequality. It was still observed that despite the successive interventions from the CPCJ throughout the years next to this family, the progenitors being dependants on benefits, by their personal references setting and by the absence of negative feedback from their children regarding the parental practices adopted, don’t accept the accusations addressed to them, nor involve themselves in the process of change, being observed, in conformity, superficial behavioral changes only during the period of validity of the Measures of Promotion and Protection accorded, by fear of finding the economical support and the right to social dwelling from which they benefit suspended.Granja, BertaRepositório ComumBarros, Ana Catarina Azevedo Braga de2019-05-22T14:35:27Z2013-11-192013-11-19T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/28623TID:201098911porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-04-21T15:15:12Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/28623Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:26:36.705631Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O presente estudo visa avaliar as representações sociais das crianças sinalizadas numa Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Viana do castelo, em relação à família e ao risco a que estão expostas na esfera privada. Neste sentido, foram auscultadas sete crianças de faixas etárias diversas sinalizadas por se encontrarem em situação de risco e pertencentes a uma mesma família. Nesta investigação recorreu-se à investigação qualitativa. Assim, através da análise de conteúdo dos discursos dos menores verificou-se a existência de um sentimento de pertença à família de origem e uma vivência harmoniosa das dinâmicas familiares que os afasta da perceção de risco associado à negligência e à mendicidade de que são vitimas, bem como da ideia de que os seus progenitores são elementos maltratantes. No fundo, a fratria considera a sua família como a família ideal, mesmo que a debilidade económica possa ser entendida pelos elementos mais velhos como factor que os limita na concretização dos seus objetivos e desejos, conduzindo-os à perceção de desigualdade social. Constatou-se ainda que apesar das sucessivas intervenções da CPCJ ao longo dos anos junto deste agregado familiar, os progenitores por serem subsídiodependentes, mediante o seu quadro de referências pessoais, e pela ausência de feedback negativo dos seus filhos relativamente às práticas parentais que adotam não aceitam as acusações que lhes são dirigidas, não se envolvendo no processo de mudança, constatando-se em conformidade mudanças comportamentais superficiais apenas no período de vigência das Medidas de Promoção e de Proteção acordadas por receio que lhes sejam suspensos os apoios económicos e o direito à habitação social de que beneficiam. |
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