Regulação emocional em adultos expostos a experiências adversas precoces: Do modelo cumulativo ao modelo dimensional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jacob, Christina Stella Zola
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/26649
Resumo: Objetivos: Este estudo teve como objetivo examinar o impacto das experiências adversas precoces na regulação emocional em adultos, testando se aquelas associações são mais bem explicadas pelo modelo cumulativo ou dimensional. Adicionalmente, investigou-se o papel moderador da insegurança da vinculação nos efeitos da adversidade precoce na regulação emocional. Métodos: A amostra incluiu 712 adultos, entre 18 e 72 anos de idade, a quem foi solicitado o preenchimento de um conjunto de questionários. Resultados: A exposição à acumulação de adversidades precoces emergiu como um preditor significativo de mais dificuldades de regulação emocional. Análises subsequentes, porém, vieram sugerir que a regulação emocional na idade adulta parece ser mais bem explicada, em específico, pela dimensão de ameaça da adversidade precoce e pela negligência emocional. A negligência física não revelou estar associada à regulação emocional. A negligência emocional emergiu como o único preditor das funções executivas, juntamente com a idade e as habilitações literárias. A ansiedade de vinculação revelou ser um moderador significativo da associação entre a negligência física e a regulação emocional, mas apenas entre os participantes que reportaram níveis mais elevados de ansiedade nas relações atuais. Conclusões: No geral, os resultados do presente estudo suportam o modelo dimensional da adversidade precoce. Alertam para a importância da qualidade das relações atuais, para uma compreensão mais aprofundada do impacto das experiências precoces no funcionamento emocional. Intervenções visando a promoção da qualidade das relações parecem constituir uma importante estratégia para mitigar o potencial efeito negativo dos maus-tratos infantis.
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