Com que letras te escreves. A vida profissional de um casal das artes gráficas: narrativa biográfica de Maria Laura Martins Lemos Araújo e Florêncio Cardoso de Araújo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/10779 |
Resumo: | Esta dissertação de mestrado insere-se na área temática da antropologia das profissões e da antropologia das artes, tendo como objetivo de investigação os meios oficinais tipográficos, através da narrativa biográfica de Florêncio Cardoso de Araújo e de Maria Laura Martins Lemos Araújo. Os períodos de trabalho do casal verificaram-se entre as décadas de 50 a 80 do século XX, terminado as suas carreiras entre 1988 e 1989. Estes períodos são o auge das mudanças tecnológicas. As últimas décadas são décadas onde os manifestos de resistência a mudança laboral e tecnológica são mais intensos. Em 1982 com a Diretiva de Conselho da União Europeia que proibia a exploração de ligas metálicas com chumbo, a maioria das tipografias foram obrigadas a fechar, por não conseguir alterar as ferramentas de trabalho. As que conseguiam adquirir novas ferramentas compravam monotypes e linotypes muitas delas em segunda mão, o que poderia representar um avanço da tecnologia era na verdade o expoente máximo da decadência da indústria. Em paralelo cresciam as gráficas, equipadas com tecnologia de ponta e que empregavam os tipógrafos mais afetos às novas tecnologia. É nesta altura que surgem diversas dicotomias na indústria gráfica como o ser artesão e o ser artista, o trabalho mecânico e o trabalho digital, a arte negra e a arte limpa. É na discussão destas dicotomias que vamos encontrar a definição do que é ser tipógrafo e do que é ser gráfico |
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Com que letras te escreves. A vida profissional de um casal das artes gráficas: narrativa biográfica de Maria Laura Martins Lemos Araújo e Florêncio Cardoso de AraújoIndústria tipográficaMudança técnicaSaber técnicoNarrativa biográficaPrinting industryTechnical changesTechnical knowledgeLife storyEsta dissertação de mestrado insere-se na área temática da antropologia das profissões e da antropologia das artes, tendo como objetivo de investigação os meios oficinais tipográficos, através da narrativa biográfica de Florêncio Cardoso de Araújo e de Maria Laura Martins Lemos Araújo. Os períodos de trabalho do casal verificaram-se entre as décadas de 50 a 80 do século XX, terminado as suas carreiras entre 1988 e 1989. Estes períodos são o auge das mudanças tecnológicas. As últimas décadas são décadas onde os manifestos de resistência a mudança laboral e tecnológica são mais intensos. Em 1982 com a Diretiva de Conselho da União Europeia que proibia a exploração de ligas metálicas com chumbo, a maioria das tipografias foram obrigadas a fechar, por não conseguir alterar as ferramentas de trabalho. As que conseguiam adquirir novas ferramentas compravam monotypes e linotypes muitas delas em segunda mão, o que poderia representar um avanço da tecnologia era na verdade o expoente máximo da decadência da indústria. Em paralelo cresciam as gráficas, equipadas com tecnologia de ponta e que empregavam os tipógrafos mais afetos às novas tecnologia. É nesta altura que surgem diversas dicotomias na indústria gráfica como o ser artesão e o ser artista, o trabalho mecânico e o trabalho digital, a arte negra e a arte limpa. É na discussão destas dicotomias que vamos encontrar a definição do que é ser tipógrafo e do que é ser gráficoThis dissertation inserted in the thematic area of anthropology of the arts, and the explore the typographical workshop means through the life story of Florêncio Cardoso de Araújo and Maria Laura Martins Lemos Araújo. This period is the pinnacle of technological change. The 70’s and the 80’s are decades where labor and technological change resistance gains intensity. In 1982 with the rule of the European Union Council banning the exploitation of metal alloys containing lead, most printers were forced to close, due to changing work tools failure. Those who could acquire new tools bought monotypes and linotypes many of them second-hand, what could represent a breakthrough technology was actually the epitome of industrial decay. At the same time, the new graphic shops, were equipped with the latest technology and employing the most openminded printers to new technology. This is where many dichotomies arise in the printing industry as being artisan and being an artist, mechanical work and the digital work, the black art and clean art. It is in the discussion of these dichotomies that we will find the definition of being a printer and what is to be graphic.2016-01-29T15:54:12Z2015-01-01T00:00:00Z20152015-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/10779TID:201087529porMarques, Rute Sofia Araújoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T18:00:30Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/10779Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:32:04.228852Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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