Alterações eletrofisiológicas induzidas pelo tratamento psicofarmacológico com Clomipramina endovenosa em mulheres

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pina, Sandra Cristina Tavares, 1988-
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/14516
Resumo: Introdução: A Depressão é um problema de saúde pública, presente em 7,9% da população Portuguesa, sobretudo nas mulheres. A sua prevalência está a aumentar exponencialmente, assim como o consumo de ADTs, os quais podem causar alterações eletrocardiográficas. Objetivo: Estudar as alterações eletrofisiológicas induzidas pelo tratamento psicofarmacológico com Clomipramina endovenosa, em contexto psiquiátrico. Métodos: Realizou-se um estudo do tipo observacional, longitudinal e prospetivo, tendo como base a população referenciada para o CHEDV- Hospital de São João da Madeira. Os dados são relativos ao período entre o dia 11 de Março e 9 de Setembro de 2013. A amostra é constituída por dois grupos de indivíduos do sexo feminino, agrupados em função da mediana de idade (47 anos), com o grupo 1 (≤mediana idade) e o grupo 2 (>mediana idade), cada um com 15 indivíduos. Foram recolhidos por inquérito os dados sociodemográficos, os FRCVs, as medidas antropométricas e efetuada a avaliação pressão arterial no início, pico máximo e final do tratamento. Assim como, a análise comparativa no início e no pico máximo, da FC e dos diferentes intervalos (PQ, QRS, QT, QTc, QTpeak, jT, jTpeak e Tpeak-end) e da dispersão (QT e QTc). Resultados: Foram encontrados aumentos quase estatisticamente significativos no intervalo QTpeak (p=0,06) e jTpeak (p=0,05), assim como diminuição do Tpeak-end (p=0,05) nas mulheres do grupo 1 (39,27±6,22 anos), bem como aumento da PAD (p=0,09). Relativamente aos outros parâmetros eletrocardiográficos não se verificam alterações estatisticamente significativas, em nenhum dos grupos, nem na amostra total. Conclusão: A medicação causa prolongação e dispersão espacial da repolarização, sobretudo nas mulheres do grupo 1, apesar de não ser estatisticamente significativa, podendo contribuir para maior instabilidade elétrica ventricular, da qual as arritmias ventriculares malignas poderão ser a expressão clínica expectável.
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