Traumatismos Vértebro-Medulares. Revisão de 5 anos (1999-2003)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Helena
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Mota, T.C., Aparício, J. M., Ribeiro, A., Cunha, F., Carvalho, J., Almeida, F., Santos, L. Almeida, Carreiro, E.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2005.4911
Resumo: Introdução: Os traumatismos vértebro-medulares são pouco frequentes em idade pediátrica. As características anatómicas e funcionais da coluna na criança, nomeadamente a sua hipenmobílidade, explicam a baixa incidência destas lesões, que quando ocorrem, têm tendência a ser graves, implicando défices neurológicos importantes. Objectivo: Conhecer as características clínicas e epidemiológicas dos casos de traumatismo vértebro-medular internados na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos (UCIP) de um Hospital Universitário de Nível III.  Material e Métodos: Estudo retrospectivo dos processos clínicos com o diagnóstico de traumatismo vértebro-medular no período de 5 anos. Avallaram-se os seguintes parâmetros: idade, sexo, etiologia da lesão, abordagem inicial, tipo de traumatismo vértebro-medular. lesões associadas, tratamento efectuado e sobrevida. Resultados: Foram incluídos 8 casos, com idade compreendida entre os 11 meses e os 13 anos. As lesões ocorreram em consequência de acidente de viação em 7 casos (87,5%) e em um caso (12,5%) por lesão por arma de fogo. Relativamente aos acidentes de viação, 4 crianças foram vítimas de atropelamento e 3 eram ocupantes de automóvel.Em 5 casos foi verificada paragem cardiorrespiratória e efectuadas manobras de suporte avançado de vida pediátrico. Na admissão, 25% dos casos nfio apresentavam colar cervical. Foram diagnosticados vários tipos de traumatismos vértebro-medulares: só fractura (12,5%), fractura com luxação (37,5%), só subluxação ou luxação (25%), lesões medulares sem alterações radiológicas (SCIWORA-spinal cord injury wíthout radiographic abnormality) (25%).Seis crianças (75%) efectuaram metiIprednisolona e em um caso (12,5%) foi efectuada correcção cirúrgica, por fractura irredutível. A letalidade foi de 37,5% (3/8). Conclusão: Os traumatismos vértebro-medulares estão associados a um potencial elevado de lesão neurológica. Salienta-se a importância de uma abordagem sistematizada da criança vítima de traumatismo vértebro-medular, segundo as recomendações do Conselho Europeu de Ressuscitação e do Grupo de Reanimação Pediátrica. No presente estudo, os acidentes de viação constituem a causa etiológica mais importante. A educação e prevenção rodoviárias são essenciais para a minimização deste problema. Palavras-Chave: traumatismos vértebro-medulares, epidemiologia, Cuidados Intensivos Pediátricos, morbilidade
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